Toda editora de quadrinhos tem sempre um personagem que é mal aproveitado. No caso da Marvel, que possui milhares de personagens, a probabilidade disso acontecer aumenta bastante.
Diante de tantos personagens, até hoje eu me lembro das aventuras do CAVALEIRO DA LUA (Moon Knight).
O personagem era, no mínimo, bizarro. O nome real do Cavaleiro da Lua era Marc Spector. O problema é que Spector, além de possuir o alter ego de Cavaleiro da Lua, ainda possuia mais umas três identidades: um milionário, um motorista de táxi e um mercenário.
E se me lembro bem, assumir qualquer uma dessas identidades não era uma escolha de Spector: seu comportamento era completamente esquizofrênico. E além disso, ele costumava conversar com uma estátua de Konshu - o deus egípcio da lua – que teria supostamente salvo sua vida e o inspirado a assumir o manto do Cavaleiro da Lua.
Ele tinha um visual estiloso, todo branco e com um gorro e máscara que encobriam todo seu rosto. E os desenhistas sempre davam um jeito de desenhar a capa dele no formato da lua. É claro que haviam alguns exageros, como o helicóptero em forma de lua, mas nada que comprometesse o personagem.
Alguns bons nomes dos quadrinhos já trabalharam com Spector, como Bill Siencwicz e Neal Adams (não por acaso, a melhor fase do Cavaleiro da Lua).
Apesar de ter ganho duas séries mensais próprias nos EUA, o personagem nunca emplacou ou obteve o reconhecimento merecido. Inclusive, na 2ª série, ele chegou a se tornar, praticamente, um coadjuvante em sua própria revista, já que em quase todo número tinha uma participação especial de um personagem grande do universo Marvel, como o Justiceiro ou o Homem Aranha.
Atualmente, você pode acompanhar o Cavaleiro da Lua na revista Marvel Knights que vem sendo publicada pela Panini. Infelizmente, os aspectos do personagem abordados nas revistas antigas (notadamente a sua sanidade ou falta de), até agora sequer foram mencionados.
Se tinha uma coisa que eu adorava na minha infância/adolescência (até hoje não sei quando uma começou e a outra terminou) era acompanhar os maravilhosos seriados japoneses Jaspion e Changeman na extinta TV Manchete.
Era fã mesmo, de não perder um episódio e ainda alugar as fitas de vídeo dos episódios que passavam na televisão. Afinal, eu tinha que preencher o vazio deixado pelo Spectroman que há tempos não era reprisado.
E como esquecer a emoção que eu sentia quando o Jaspion, ao lutar com os terríveis monstrões de borracha, convocava o
GIGANTE GUERREIRO DAILEON!
Sim! O Gigante Guerreiro Daileon era o terror de MacGaren, Satan Goss e das maquetes de papelão que, invariavelmente, terminavam todas destruídas.
Depois de Jaspion e Changeman, eu até tentei acompanhar algum outro seriado japonês, mas nenhum conseguia me tocar como esses dois conseguiram.
E, como se não bastasse o Gigante Guerreiro Daileon, o Jaspion ainda tinha como companheira uma andróide chamada Anri que dava o maior caldo.
O filme é tudo que o trailer prometeu e um pouco mais.
Do que se trata? Dragões voltam a habitar a Terra (Sim, eles habitaram a Terra antes dos dinossauros. Ou vocês não sabiam?) e dizimam boa parte da raça humana. Restam duas alternativas: esconder-se e manter-se vivo ou caçar as criaturas.
Você quer explicações de como os dragões voltaram? Esqueça! Vá ver algum filme iraniano.
O que importa aqui é a ação e os embates com os dragões, todos empolgantes. E o visual do filme é bem estilo Mad Max, só que mais sombrio.
O Christian Bale continua fortão e lidera os ingleses que querem se esconder e sobreviver. O Matthew McConaughey também está fortão, todo tatuado, carrega um machado e lidera os americanos caçadores de dragões. (E eu dei Crtl C + Crtl V pra escrever o nome do McConaughey)
O filme ainda rende umas boas tiradas entre americanos x ingleses, além de ter uma citação de Guerra nas Estrelas. E filmes com citação de Guerra nas Estrelas comandam!
Satisfação garantida!
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E neste fim de semana, passeando em um sebo achei a nova edição de ULISSES do James Joyce pela bagatela de R$ 30,00. Não resisti e comprei.
O livro é um clássico e é comentado por meio mundo, chegando a se dizer que a história do romance pode ser dividida entre antes e depois de Ulisses.
Pra falar a verdade, eu tentei ler James Joyce uma vez... O livro se chamava Giacomo Joyce e era praticamente um conto. Li o livro todo e preciso confessar que não entendi nada.
Então, até que eu tome coragem de ler Ulisses, ele vai ficar na minha estante. E quando as pessoas olharem ele e perguntarem se eu já o li, me limitarei a dar um sorriso enigmático e um olhar profundo para a pessoa e não direi mais nada.
Todos me acharão um gênio.
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Falando nisso: E o Finnegan’s Wake, hein?
Teve uma editora brasileira que prometeu lançar mais este outro livro do James Joyce aqui no Brasil e até agora eu não vi nem sinal dele.
Tudo bem que ia sair todo dividido, já que ia ser publicado em várias partes. Mas pelo menos ia ser publicado.
O livro já foi citação até de uma revista em quadrinhos publicada a tempos atrás, chamada SKREEMER, escrita pelo excelente Peter Milligan.
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Nesse mesmo dia, comprei também o 6 MIL DÓLARES EM ESPÉCIE do James Ellroy.
E pela sinopse, parece que é esse livro que é a continuação direta do TABLÓIDE AMERICANO, ao contrário do que eu disse num post anterior. São os mesmos personagens e a trama prossegue logo após o assassinato do Kennedy.
Se eu não estiver enganado, o livro American Death Trip, anunciado por mim como a continuação do Tablóide Americano, nada mais é que o nome da edição francesa de 6 Mil Dólares em Espécie.
Bem... Então ano que vem viveremos num país comunista.
Tenho algumas previsões para o governo do nosso futuro presidente:
- O Brasil se aliará à Cuba e mais um outro país (acho que a Coréia) e formará o Bloco Comunista Mundial.
- A compra de dólares será tão proibitiva que a sua cotação será medida em dólares. Por exemplo: “Quanto está valendo o dólar no Brasil hoje? Ah, o dólar hoje está cotado em 100 dólares.”
- As crianças ao invés de irem para a disneylandia nas férias, irão para Cuba, conhecer o seu sistema de saúde e aprender a confeccionar charutos.
- Sabe aquelas roupas de marca que você gosta? Pois é, vão acabar. Só existirá a marca ESTATAL e todas as roupas serão cinzas.
- A Globo irá se mudar para os Estados Unidos. Existirá apenas a TVE, que mudará de TV Educativa para TV ESTATAL.
- Cds de rock? Elvis Presley? Que nada! Só iremos escutar Buena Vista Social Club e MPB. No repeat.
- A leitura do Manifesto Comunista será obrigatória nos colégios. No original.
- Quadrinhos americanos? Nem pensar. Só será publicado o Capitão América. Mas irão fazer uma “tradução livre” do personagem e ele se chamará “CAPITÃO IRMÃO TRABALHADOR”. Só será mantida a estrela branca no seu peito, o resto de seu uniforme será todo vermelho. Ah, e os rostos dos inimigos serão substituídos por fotos do rosto do Bush (igual o Bill Sienkiwickdjkajdlk fez com o Kennedy em Elektra Assassina).
- O sistema numérico baseado no número 10 será substituído por um sistema baseado no número 9.
Serão tempos negros...
Pelo menos a pedofilia será liberada.
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E não sei se vocês estão sabendo, mas o Jim Lee voltou a desenhar quadrinhos regularmente.
Depois de emprestar seu talento ao Justiceiro, X-Men e criar a excelente e subestimada equipe Wildcats, agora o rapaz está desenhando ninguém menos que o Batman, com argumentos de Jeph Loeb.
A DC publicou na internet uma história exclusiva da dupla, de apenas duas páginas, com uma versão para a origem do herói. Confira no link abaixo:
Tenho ido no cinema, mas esqueci de contar pra vocês. Três filmes muito bons que tive oportunidade de assistir:
- ESTRADA PARA PERDIÇÃO: Pra começar, filme de gangster é o que há. E depois, filme baseado em quadrinhos é o que há também. Baseado em quadrinhos (que, inclusive já foi lançado no Brasil e eu ainda não tive oportunidade de ler), o filme conta a história de um garoto que presencia o seu pai trabalhando (leia-se: matando) para a Máfia e as consequências deste ato.
Clima noir como todo filme de gangster deve ter, com direção de Sam Mendes (mesmo diretor de Beleza Americana) e atuações irrepreensíveis do elenco (Paul Newman está espetacular).
Eu só fiquei meio triste de ver o Jude Law careca, ainda mais quando a gente se lembra do andróide gigolô de A.I.
- PARAÍSO: Do diretor de Corra Lola Corra, baseado num roteiro do Krzysodfjoatlkre Kieslowlkdjjdsojf (vocês não odeiam essas figuras públicas de nome complicado?). Filme bonito! Parece psicodirigido pelo Kiesloidjfoiahfdu. Está além da minha capacidade de comentar, então vou pular esse, ok?
Ah, se vocês tiverem oportunidade de ver o trailer do filme, reparem como ele é vendido como um filme de ação. Até o fã mais fiel do Rambo fica com vontade de ver.
- DOMINGO SANGRENTO: Sensacional! Filmado em estilo documentário, conta a história que nós já conhecemos do massacre de manifestantes na Irlanda, promovido pelo exército inglês. Sabem aqueles filmes que vão devagar pra explodir no final? Tipo Sob o domínio do medo do Sam Peckinpah ou Faça a Coisa Certa do Spike Lee? É por aí. Vá assistir!
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E começou a passar hoje nos cinemas REIGN OF FIRE (Reino de fogo)!
O melhor filme que eu ainda não vi!
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E já que fizeram um filme de dragão no presente - algo que era aguardado por toda a raça humana - porque Hollywood não produz um filme de Robozão comandado por um anão?
Imaginem só! Duas criaturas mágicas e fascinantes num só filme.
Li essa semana o livro A ARTISTA DO CORPO, escrito por DON DELILLO.
Don DeLillo é um dos maiores escritores americanos e referência para diversos autores consagrados, como Paul Auster e James Ellroy.
A forma como Don DeLillo utiliza a linguagem escrita em seus livros é sempre surpreendente, podendo variar desde inserções de slogans comerciais no texto e frases curtas (vide Ruído Branco) como a descrição de momentos da história americana (vide Libra e Submundo). Já, em A Artista do Corpo, a sua prosa se aproxima bastante da linguagem poética.
Lauren mora com o cineasta Rey Nobles, que vem a falecer. Ao voltar para casa onde residiam, Lauren encontra um completo estranho escondido em um dos quartos. Esse estranho não consegue se comunicar ou exprimir uma frase que faça sentido, só que ele é capaz de imitar com perfeição o falecido Rey e Lauren.
Lauren passa a conviver com o homem e tenta descobrir de onde ele veio, percebendo, lentamente, que o estranho não só desconhece o tempo na forma como nós conhecemos, mas parece viver fora dele.
O livro é excepcional e é do tipo que merece ser lido mais de uma vez.
No entanto, se você nunca leu nada do Don DeLillo, prefira começar pelos outros livros acima citados.
Ontem, antes de sair do trabalho eu postei e desliguei o computador. Hoje eu abro essa página e vejo que o post não foi publicado!
Pelo menos o blogger não perdeu o texto. Aí vai ele de novo, vamos ver se funciona.
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Ok.
Então você escreveu e desenhou uma revista que mudou os rumos de toda a indústria de quadrinhos.
Então você escreveu e desenhou uma revista que ajudou a redefinir todos os padrões e abordagens sobre super-heróis.
Então você escreveu e desenhou uma revista que foi sucesso de crítica e público no mundo inteiro e que te alçou à condição de gênio.
Então, além de ter escrito e desenhado esta revista, você trabalha pra uma editora concorrente que lhe dá liberdade criativa para fazer o que quiser e você se realiza com uma série de quadrinhos policial noir.
Então surge uma oportunidade de você fazer uma continuação àquela tão famosa revista.
Por mais que seja óbvio que seria impossível repetir aquele fenômeno, as expectativas de todos são enormes.
O que você faz?
Bem, eu não sei o que você faria, mas o Frank Miller chutou o balde. E chutou com força.
Em Cavaleiro das Trevas 2 ele mudou o foco do Batman para os super-heróis da DC em geral. Fez uma série menos sombria. Explorou aspectos de alguns personagens que ninguém reparava (vide Arqueiro Verde e Questão). Espancou o Superman de novo. E, o melhor de tudo, fez um final que os fãs conservadores vão ficar irados.
Resumindo: Cavaleiro das Trevas 2 é bom pra carai. Ela só não é o Cavaleiro das Trevas original (e alguém em sã consciência esperava que fosse?).
Agora, o mais legal mesmo é ver que mesmo diante de todas essas mudanças, se você observar bem, ainda é possível entrever o mesmo Frank Miller de anos atrás em diversas passagens da história.
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E o cara que tá matando “geral” nos Estados Unidos, hein?
Já morreram mais de 10, alguns ficaram feridos, e nada da polícia ou dos federais sequer chegarem perto do cara. Estão prendendo qualquer um que ande num furgão e tenha cara de mexicano.
Interessante é que ele não tem um padrão pras vítimas. Ele não escolhe prostitutas, mulheres gordas, anões ou gays. Acho que o mais próximo que ele chegou a um padrão foi alvejar vítimas em postos de gasolina.
Além disso tudo, ele deixa bilhetes pra polícia. O último tinha uma insinuação de que as próximas vítimas seriam crianças.
Se o cara continuar nesse ritmo, por mais esperto que seja, é uma questão de tempo até ser capturado (e ainda tem toda aquela teoria que a gente aprende nos filmes e quadrinhos que o vilão tem o desejo secreto de ser capturado, conhecida também como Complexo de Thanos). Ou então ele tem um número pré-estabelecido de vítimas e ao atingir esse número ele vai acabar sumindo. Ou não.
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Tocando nesses assuntos, eu sempre gostei do personagem PISTOLEIRO, inimigo do Batman.
Pena que poucas vezes ele foi bem aproveitado pela DC.
LARANJA MECÂNICA é um dos melhores filmes do mundo.
Stanley Kubrick, ao contrário do que fez com O Iluminado, não mudou a história do livro em que se baseou o filme, mas parece o ter complementado.
O visual é meio kitsch, mas completamente integrado ao filme e coerente ao que acontece na tela, contando a história de Alex, um jovem atraído por ultraviolência e Beethoven.
Aliás, poucos diretores teriam o culhão de filmar Laranja Mecânica hoje em dia, nos moldes utilizados pelo mestre Kubrick nos anos 70, o que lhe rendeu diversos problemas com a censura. Afinal, o passatempo de Alex e sua gangue era espancar mendingos, estuprar mulheres sob os olhos do marido e tomar leite com velocet.
E é justamente nestas partes que Kubrick acrescenta seu imaginário ao excelente livro de Anthony Burgess. A inclusão da música Singin’ in the rain na cena do estupro é clássica.
Não há como deixar de mencionar o excepcional desempenho de Malcom McDowell na pele de Alex The Great. Apesar do personagem cometer as maiores atrocidades, ele empresta o carisma e o charme necessário para atrair a simpatia do público. Lamentável que sua carreira, desde então, tenha sido extremamente mal aproveitada e hoje ele esteja relegado à meros telefilmes.
No entanto, o filme só conta a história do livro até certo ponto. Se você quiser saber o que acontece com Alex, recomendo que leia a obra de Burgess, que chegou a criar um vocabulário de gírias que seriam utilizadas no futuro por ele imaginado.
E como este é um blog cultural e multimídia, além do filme e do livro, você poderá assistir, também, à peça de teatro!
Sim, caso você more no Rio, está sendo encenada na Sala Baden Powell em Copacabana a peça Laranja Mecânica, adaptada para o palco pelo próprio Anthony Burgess.
A companhia que está encenando é a mesma que já levou aos palcos Trainspotting e o espetáculo é excelente.
Finalmente chegou às bancas o nº 3 do CAVALEIRO DAS TREVAS 2 do mestre maior FRANK MILLER.
Estava indo para o trabalho, quando vi um rapaz (onde está escrito rapaz, leia-se nerd) lendo a esperada revista enquanto atravessava a rua.
Desesperado por ver alguém possuir tão desejado item antes de mim, corri para a banca onde costumo deixar boa parte do meu salário. E lá estava ela! Havia acabado de chegar e aguardava por mim.
Já adquirida, ela irá aguardar eu reler os 2 primeiros números, para, somente então, desfrutá-la.
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Os leitores antigos deste blog certamente se lembram quando eu comentei sobre o filme O TEMPLO DE SHAOLIM.
Um filme maravilhoso e poético, com ação incessante e muita arte marcial. Além da pancadaria, são abordadas questões filosóficas essenciais ao homem.
Se você não lembra ou não viu, procure no archives aí do lado (se é que isso funciona mesmo...)
Pois é, meu adorado irmão mandou avisar que a Band vai reprisar o filme hoje, às 22:00 hs. na sessão band kickboxer.
Temos o costume de glorificar nosso passado em comparação ao presente: O dia de ontem sempre foi melhor que hoje. Os filmes de antigamente eram melhores que os de hoje. As músicas eram melhores. Antigamente não tinha violência. E por aí vai.
No entanto, nossa memória muitas vezes nos engana, simplesmente apagando de nossa mente momentos constrangedores ou ruins. E eu nem estou falando daquela brincadeira esquisita que você fazia com seu amiguinho quando ninguém estava vendo.
Vamos a um exemplo prático:
Eu e a maioria dos leitores deste blog são fãs incondicionais do HE-MAN. E é um fato que He-man foi um dos melhores desenhos a ser exibido na televisão brasileira, com uma imensa galeria de personagens. Mas você, por acaso, se lembra disso aqui:
FAKER
Sinceramente, por mais que eu me esforce, não consigo lembrar de nenhum desenho com o personagem FAKER, apesar de me lembrar vagamente de já ter visto o bonequinho. Reparem bem na malandragem da Mattel, que simplesmente pintou o boneco do He-man em cores diferentes (destaque para a pele azul piscina e a sunga peluda roxa) e colocou nele o colete do Esqueleto.
Ou será que alguém se lembra desse aqui:
STINKOR
Tudo indica que Stinkor era um gambá na forma humanóide, mas, por algum motivo obscuro, também não consigo lembrar dele.
Mas este intrincado mecanismo mental por vezes falha... E essas falhas são terríveis. Por mais que eu me esforce, não consigo esquecer deste aqui:
ABELHÃO
Aaaaarrghhh!!!
Meu Deus! Pra que criar mais um personagem voador, se eles já tinham o Stratos??? Nada justifica a existência desta aberração listrada, que nem mão tinha. E quando ele voava emitia um ZZZZZZZZZZ incômodo e interminável.
Não sei se vocês sabem, mas estão fazendo um filme baseado na revista HELLBLAZER, contando as aventuras de JOHN CONSTANTINE.
John Constantine é um dos personagem mais carismáticos da Vertigo (subdivisão da DC), criado pelo Alan Moore e com histórias que já foram escritas por grandes autores, como Garth Ennis e Paul Jenkins.
Constantine é o típico anti-herói. Apesar de ser “do bem”, ele não se importa de usar metódos sujos para atingir seus objetivos. Respeitado e temido por todo o mundo da magia, Constantine já chegou até a enganar o demônio para se livrar de um câncer de pulmão (ele está sempre fumando...). Ou como se esquecer de quando ele sacrificou um amigo para conter uma entidade maléfica?
O problema são as notícias vindas da produção:
O diretor do filme será o mesmo diretor de clips da Britney Spears, Aerosmith e Will Smith, um cara chamado Francis Lawrence.
Parece que Constantine não será inglês na adaptação cinematográfica, mas sim (adivinhem só!!) americano.
E o mais assustador: Tudo indica que será o Keanu Reeves que fará o papel principal.
Os estúdios ignoraram meu sábio conselho de colocar o Paul Bettany (Mente Brilhante, Coração de Cavaleiro) para estrelar o filme. O cara, além de ter o tom sarcástico certo para interpretar o Constantine, ainda possui uma certa semelhança física (pelo menos, mais que o Reeves). Confira:
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E pra provar que dá pra encontrar de tudo na internet, no link abaixo você encontrará um crossover entre John Constantine e Sailor Moon. Pena que ainda não tive tempo de ler...
Tomo os dois comprimidos que tenho que ingerir em jejum e volto pra cama por mais 15 minutos.
Levanto, me olho no espelho e decido não fazer a barba. Afinal, de que adianta... Até o fim do dia estarei precisando me barbear de novo. Melhor poupar o esforço.
Tomo um banho quente que demora menos do que eu gostaria.
Empurro o café da manhã boca adentro, me perguntando porque ainda chamo isso de café da manhã, já que não posso mais tomar café.
Coloco meu terno de sempre e dou o nó na gravata. Aperto o nó. Enquanto eu me visto, escuto duas músicas de uma banda que eu nem gosto muito.
Saio de casa.
Passo pela banca que vende adesivos com os dizeres: "Prevenção à AIDS? Comidinha caseira" e "Deus é fiel".
Ontem consegui escutar o último álbum do BUTTHOLE SURFERS, chamado WEIRD REVOLUTION.
O som o Butthole Surfers sempre foi barulhento, experimental e completamente demente. Eles já produziram alguns excelentes discos, como o Psychic Powerless another man’s sac de 1984, Hairway to Steven (onde os nomes das músicas são desenhinhos) e Piouhgd (com algumas boas levadas country), tudo com muitos vocais e guitarras distorcidas, além de letras bizarras.
Depois do Piouhgd, eles foram contratados pela major Capitol e lançaram o disco Independent Worm Sallon, que conta com uma tênia na capa (bastante apropriado, aliás). A produção do John Paul Jones (ex-Led Zeppelin) deu uma lapidada no som da banda, sem, entretanto, lhe retirar suas características principais. Nesta época eles estouraram na MTV com o clip Who was in my room last night, que tinha a participação do Flea do RHCP. (vale lembrar que o Gibby Haynes, vocalista da banda, declarou que o Flea pagou para participar do clip...)
Para quem não está acostumado com a banda, acho que este é o melhor disco para conhecê-la.
No disco sucessor, Eletriclarryland, continuam os experimentalismos e as guitarras pesadas, mas, além disso, o disco tem algo de mais pop, como a balada TV Star e o single do disco, Pepper, com bateria eletrônica e uma levada parecida com Loser do Beck.
...
Mas do que nós estávamos falando mesmo? Ah, sim! Do disco Weird Revolution! Pois é, neste disco predomina a bateria eletrônica e o lado pop já demonstrado no penúltimo disco está bem mais acentuado. Sumiram as guitarras distorcidas e o barulho pra dar lugar a um som mais “limpinho”. Pra falar a verdade, deu saudade do Butthole Surfers do passado...
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Mas é claro que, após algumas audições, essa opinião pode mudar e amanhã eu esteja achando o disco genial.
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E o SITE DA BANDA tem uma porrada de MP3 para download. Tem, inclusive, um “bootleg oficial” inteiro da banda, que foi lançado em vinil duplo e já está esgotado. São 29 músicas gravadas ao vivo em diversos shows.
No Sábado vi SCOOBY DOO. Achei o filme bem divertido, no entanto os fãs e os puristas devem ter ficado chateados. Todas as leves insinuações que rolam no desenho são escancaradas no filme.
Mesmo que não mostre nada conclusivo, fica óbvio para todo mundo que o Salsicha é maconheiro e que a Velma é lésbica. O Fred é um completo tapado e a Daphne é a Buffy. Destaque para a participação da banda Sugar Ray.
E no Domingo, finalmente consegui assistir a um filme da Mostra Rio. Confesso que se não fosse pela insistência do meu irmão, teria ficado em casa lendo. Mas mesmo correndo o risco de dar de cara com o cinema lotado (coisa comum na Mostra Rio), resolvi arriscar para ver o novo filme do David Cronenberg: SPIDER.
Poucas coisas podem me tirar de casa um Domingo à noite e uma delas é ver um filme do Cronenberg. Já fazia um bom tempo que eu não via nada dele, afinal eu tinha perdido a exibição de ExistenZ no ano passado.
E posso dizer que o diretor, pelo menos nesse filme, está bem diferente do que eu estava acostumado. Ele sempre utilizava-se de algo escatológico em seus filmes, como em Videodrome ou Scanners. Com o tempo, o terror e o suspense passou a ser mais psicológico, como em Gêmeos – Mórbida Semelhança ou Crash, mas sem perder o elemento escatológico, mesmo que mais sutil.
Em Spider, o suspense do filme é todo psicológico. Spider é, na verdade, um doente mental, que confronta a sua infância, vivenciando diversos fatos que levaram à morte de sua mãe. Só que dentro deste contexto, são mostrados diversos aspectos da mente de Spider, sejam através de suas ações ou lembranças, sem que o espectador saiba o que é realidade e o que não é. (Aliás, preciso ver o filme mais uma ou duas vezes pra absorver tudo)
O filme, como quase toda a obra do Cronenberg, é bastante opressivo e incômodo, sensação que foi realçada pelo fato do cinema estar com o maldito ar condicionado desligado e um calor infernal.
O livro do Patrick McGrath em que o filme foi baseado já foi lançado no Brasil pela Companhia das Letras, sendo que o próprio McGrath adaptou o romance para o cinema.
E, assim como ExistenZ, não fique esperando que o filme seja lançado no circuito normal de exibição.
Pra quem não conhece, A.C. é a abreviatura para o singelo nome ANAL CUNT.
O A.C. é uma das bandas de metal mais rápidas, grossas e barulhentas que já escutei. Sei lá se eles fazem grindcore ou qual é o nome daquilo que eles chamam de música. O vocal é gritado, rasgado e incômodo, com algumas passagens pelo gutural e a bateria é tão rápida que você só escuta um bloco embolado de som.
E como eu sou um cara muito do metal, até tenho um disco do A.C. (que nunca consegui escutar inteiro).
Mas o mais legal são os nomes das músicas. Alguns exemplos:
- You’ve got no friends
- You keep a diary
- You own a store
- You got date raped
- Recycling is gay
- You’re a cop
- You’ve got cancer
- You are an interior decorator
- Brascombe Richmond
- You are a good food critic
- You’re gay
- You have goals
- Your kid is deformed
- You are an orphan
- You’re old (fuck you)
- You go to art school
- You’re best friend is you
- You’re in coma
- The internet is gay
- Ha, ha Your wife left you
- Hootie and the blowfish
- Technology is gay
- Your favorite band is supertramp.
Ah, e todas esses nomes foram tirados de um só álbum: I like it when you die, que tem mais de 50 “músicas”.
Ontem deixei minha velhice de lado e fui para o Canecão ver o show do Pato Fu.
Apesar de achar a banda simpática, confesso que não sou um grande fã. O que por um lado é bom, pois acabei achando o show surpreendente!
Eu só tinha visto eles ao vivo há muito tempo atrás no Hollywood Rock ou outro mega evento qualquer e me assustei com o que vi ontem. A banda é afiadíssima ao vivo, sendo competente tanto em tocar baladas como músicas pesadas.
E nesse show ainda teve a participação do Tangos e Tragédias, uma dupla que sempre era entrevistada no programa do Jô Soares.
Além do belo show, ainda tive a companhia da minha namorada e de meus amigos.
Na saída não precisamos pegar táxi, pois nosso ônibus estava passando na hora exata.
E ainda deu tempo de pegar o finalzinho de OZ quando cheguei em casa.
Resumindo: Não deu nada errado.
Estranho, não é mesmo?
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Super dica para ter um dia feliz:
1 - Antes de dormir no dia anterior ou assim que acordar, escute a música If I Can't Change Your Mind do SUGAR. Se possível, escute nas duas oportunidades.
2 - Dê um jeito de ficar com ela na cabeça o dia inteiro.
Bret Easton Ellis desenvolveu uma maneira peculiar de escrever em seus últimos livros.
O livro Psicopata Americano conta a história do yuppie Pat Bateman e sua compulsão por matar com rigores de crueldade tudo que apareça em sua frente. No entanto, Bret não se prende apenas a este aspecto, descrevendo, também, todo o comportamento, hábitos e o cotidiano dos jovens executivos de Wall Street.
E quando eu falo descrever, eu realmente quero falar descrever: ele explicita com detalhes tudo o que eles comem, quais roupas usam, gostos musicais, entre outras coisas. Por exemplo: Bateman é um entusiasta da Whitney Houston. Assim, Ellis se dá ao luxo de escrever um capítulo inteiro sobre as considerações de seu personagem sobre o cd.
É claro que este tipo de abordagem cria um contraste interessante com as inúmeras matanças e torturas promovidas por Bateman (que, aliás, só acontecem depois de ultrapassadas as 100 primeiras páginas do livro).
Glamorama, o seu último livro, se passa no mundo da moda. Se bem me lembro, o nome do personagem principal era Victor Ward, um modelo interessado apenas em alpinismo social e se dar bem na vida. São inúmeras as citações e referências, além da sempre presente trindade de Ellis: sexo, drogas e morte. Sem contar que a história dá uma virada surpreendente na metade final do livro (repararam como eu estou evitando de estragar as surpresas?)
Se você quiser saber um pouco mais sobre o autor, tem uma entrevista bem legal AQUI , inclusive com comentários a respeito do novo livro que ele está escrevendo.
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E como todos sabem, Psicopata Americano, além de ter virado música do Misfits, também virou filme, estrelado pelo Christian Bale.
O filme é bem bacana e o Bale está muito bem como Bateman. Como é quase regra, não chega aos pés do livro, e, apesar de ser violento, não mostra nem 1/3 das crueldades infligidas por Bateman. Todavia, isso não torna o filme menos divertido ou interessante.
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Mas o que talvez você não saiba, é que existe uma continuação do filme, estrelada por ninguém menos que o Capitão Kirk e a menina do The 70’s Show:
Sinopse do filme: "Patrick Bateman, o "Psicopata Americano" original, pode estar morto, mas sua herança maligna continua no corpo da bela universitária Rachael Newman, a única vítima a escapar das garras de Bateman. Mas ela não saiu ilesa desse encontro, Rachael desenvolve uma obsessão por assassinos em série. E eliminará qualquer pessoa que se interponha entre ela e seu objetivo: tornar-se a professora assistente do infame Dr. Daniels. "
Sensacional, não é mesmo?
O filme já foi lançado direto em vídeo e, segundo o próprio diretor, não tem guarda qualquer relação com o antecessor. O estúdio impôs que o filme fosse uma continuação, uma vez que eles tinham planos de continuar essa franquia, como em filmes: Psicopata Americano em Los Angeles, Psicopata Americano em Nova York e por aí vai.
Quer saber mais sobre essa pérola do cinema, aliás, do vídeo? Vá AQUI!
Neste final de semana, consegui escutar o disco BLOOD, GUTS & PUSSY da banda DWARVES.
Conhece o Dwarves?
Quando eles começaram, na década de 80, se chamavam Suburban Nightmare. Depois adotaram este nome, que é muito mais simpático (afinal, anões são sempre legais).
A banda sempre gostou de criar polêmica: Muitos shows deles duravam apenas 15 minutos, drogas eram consumidas como água e haviam, também, perfomances bizarras, geralmente envolvendo sexo e sangue.
Ah, eles chegaram a mandar um press release para a imprensa anunciando que o guitarrista deles, chamado HE WHO CANNOT BE NAMED havia morrido. A farsa não foi mantida por muito tempo e eles acabaram saindo do selo que os lançava (SUB POP).
Quanto ao som? Punk rock e garage rock, tosco, sujo, barulhento e rápido. O disco acima mencionado é tudo isso, com 12 músicas mais 2 faixas bônus em menos de 15 minutos de duração. Alguns nomes de música: Let’s Fuck, Motherfucker, Back seat of my car, Drug store. Maravilhoso!
Eles ficaram um tempo fora da ativa e voltaram, em 1997, com o disco The Dwarves Are Young and Good Looking, lançado pela Epitaph:
Neste disco, apesar das músicas grossas continuarem lá, os anões querem mostrar que possuem um lado mais musical e limpinho, com algumas canções que chegam a ultrapassar 1 minuto e meio! No entanto, mesmo as músicas mais “melódicas” possuem letras sarcásticas e agressivas. O cd é excelente e foi lançado no Brasil.
Da série CITAÇÕES LITERÁRIAS PARA QUANDO O RUBINHO NÃO TEM TEMPO DE ESCREVER
Desta vez, um pequeno conto:
As três marias
Com a morte de Socorro, José respirou satisfeito: enfim, poderia casar-se com Prazeres. Com a morte de Prazeres, José respirou satisfeito: enfim, poderia casar-se com Graça. Com a morte de José, Graça respirou satisfeita: José tinha ficado um velho sem graça, sem prazeres, sem socorro.
(Extraído do livro SALVADOR JANTA NO LAMAS de Victor Giudice, J.O. Editora, 1989)
Se tem uma coisa que me irrita são o que eu costumo chamar de “lojas de pobre”.
(Mas Rubinho, o que são lojas de pobre?)
“Lojas de pobre” são aquelas lojas geralmente pertencentes a uma grande cadeia, que tem como público alvo o consumidor de renda média e/ou baixa. Exemplos clássicos de lojas de pobre: Casa & Vídeo e Renner.
E como, infelizmente, sou frequentador assíduo de lojas de pobre, tenho autoridade o suficiente para discorrer sobre alguns pontos:
Característica principal de uma loja de pobre: péssimo atendimento, não importa sob que circunstâncias. Afinal, se você está comprando lá, é porque não tem dinheiro pra ir comprar o produto em uma loja melhor, então, necessariamente, você tem que se submeter ao atendimento deles (e não se esqueça de agradecer!).
Não importa se você está comprando um tamagochi ou um DVD, você será invariavelmente mal atendido. Até porque se você está comprando um DVD nesta loja, é certo que o DVD é um “DVD de pobre” que custa R$ 499,99 e não aquele último modelo que vale quase mil reais. E se você não pode comprar um “DVD de rico”, você merece ser maltratado! Neste ponto de vista, o tamagochi e o DVD são exatamente a mesma coisa.
Ah, antes que eu me esqueça, a probabilidade do produto que você comprou vir estragado nestas lojas é muito, mas muito grande mesmo. Afinal, o que você poderia esperar de um DVD de pobre?!?! Se você tivesse comprado o tamagochi, pelo menos ia ser mais fácil levar ele de volta à loja pra trocar...
Outra característica da loja de pobre: Super Promoções!
O único problema é que as Super Promoções(!) acontecem exatamente na semana seguinte em que você já comprou o produto.
Exemplo prático: Na minha crise de bronquite, fui obrigado a comprar um nebulizador. Optei, é claro, pelo “Nebulizador de pobre” e fui direto à Casa & Vídeo. Comprei meu nebulizador de pobre (o modelo mais barato), pela bagatela de R$ 59,99. Passou-se uma semana, ligo a TV e vejo a seguinte Super Promoção(!): Nebulizador por apenas R$ 29,99!!! Exatamente o mesmo modelo!!! Pela metade do preço!!!
No que tange ao vestuário, algumas lojas de pobre, em sua infinita bondade, chegam até a se oferecer para realizar pequenos reparos e ajustes, como levantar a bainha de uma calça ou encurtar a manga de um terno. Conselho: Jamais, jamais utilize esses serviços! A probabilidade de você ter uma calça que é metade uma bermuda é enorme, além de outros perigos, como sumirem com a roupa que você comprou. Outro exemplo prático e real, acontecido na Renner:
Fui com minha mãe buscar uma calça que a Renner havia feito a bainha. Chegando lá, apresentamos a nota. Depois de 30 minutos de procura, o atendente nos informa que NÓS já havíamos retirado a calça. No entanto, não havíamos retirado a calça...
Tentamos explicar isso ao atendente e ele nos mostrou um caderno constando nosso item e na parte de itens retirados, constava ao lado de nossa calça um rabisco. Segue o diálogo:
- Viu! Taqui assinado! Vocês já levaram a calça!
- Meu senhor, eu não reconheço esta assinatura.
- Mas taqui...
- Eu sei que está aí, porra! Só que essa assinatura não é minha nem de ninguém que eu conheça!
- Tem certeza que você já não levou a calça, esqueceu que levou e está vindo aqui de novo?
Experimente perguntar para qualquer um: Gostarias de fazer uma endoscopia?
A resposta da maioria será uma careta de horror e geralmente uma exclamação: "Nóóósssa, aquele exame que te enfiam um tubo pela guela até o estômago?!?!" E daí passam a discorrer sobre o quanto a experiência deve ser traumática e dolorida e que nunca fariam um exame desses.
Pois é, EU tive que fazer uma endoscopia.
E pra todo mundo que eu falava isso, recebia em troca uma expressão penalizada, digna do corredor da morte.
Mas como vocês sabem, sou um rapaz muito destemido e sem medo do perigo, com músculos forjados em ferro e aço e abdômen super definido! Resolvi encarar a parada...
Acordei logo cedo e parti para a clínica onde seria realizado o exame. Depois da sala de espera justificar o seu nome, finalmente fui chamado para o exame. Apesar de ser essa fortaleza humana que vocês conhecem, confesso que estava um pouco (muito pouco!) nervoso quanto ao que aconteceria.
Deitei numa maca e tive que ficar fazendo um gargarejo com um analgésico de gosto horrível por alguns minutos. Enquanto isso, a médica aplicava uma substância em minha veia, que eu não cheguei a perguntar o que era. Pelo menos, eu sairia dopado do exame...
Depois dos preparativos, a médica enfiou um tubo pela minha boca, ficou mexendo um pouco e depois tirou. Em questão de poucos minutos o exame havia acabado. E o pior, seja o que for que ela injetou em mim, sequer chegou a dar onda.
Nenhuma das previsões pessimistas haviam se concretizado: o exame não dói, não é horrível, não senti vontade de vomitar e nem senti qualquer prazer em ter um objeto tubular introduzido na minha boca e garganta.
Ontem acabei de ler o livro TABLÓIDE AMERICANO, do JAMES ELLROY.
Talvez você conheça o autor pelo filme L.A. Confidential (Los Angeles – Cidade Proibida), que foi baseado em uma de suas obras.
Este foi o primeiro livro do Ellroy que li, apesar de ter uns tantos outros dele em minha estante, já que a Editora Record vem lançando a maior parte de sua obra aqui no Brasil, através da “série negra”, dedicada a romances policiais.
E, na verdade, Tablóide Americano não é um livro puramente policial, indo muito mais além do que uma história de detetives e policiais. Tablóide Americano é o primeiro volume de uma trilogia denominada UNDERWORLD USA, que pretende cobrir parte dos anos 50 até o começo dos anos 70, tendo por pano de fundo a história e a política dos Estados Unidos.
E esse livro em particular tem como pano de fundo a ascensão de Jack Kennedy à Presidência e os eventos que culminaram em seu assassinato.
Só que ao contrário do que a propaganda do livro leva a crer, James Ellroy não pretende dar uma versão do atentado ao Kennedy, mas sim contar uma boa (diga-se, de passagem, excelente) história, utilizando boa parte dos fatores históricos e políticos da época e entremeando eles com sua própria trama e personagens. Como dito pelo Autor em uma entrevista: “...por trás de toda fermentação política nos EUA há um crime.”
Assim, as referências e citações são inúmeras, passando pelo FBI, CIA, J. Edgar Hoover, Fidel Castro, Jimmy Hoffa, a invasão fracassada à Cuba, máfia, crime organizado, Frank Sinatra, entre tantas outras. Todos esses elementos, além de referências, são partes integrantes do livro, misturando ficção com realidade.
Os personagens de Ellroy são durões e malvados pra carai, todos com diversas faces e que não se importam de passar pro lado dos bandidos ou dos mocinhos, ou, até mesmo, agir dos dois lados ao mesmo tempo. Policiais e agentes do governo trabalham para o crime organizado, misturam-se com drogas, assassinatos jogos. Como diria Kemper Boyd, um dos personagens do livro, o importante é manter os assuntos “compartimentados”, de forma que um não atrapalhe ao outro. Só que nem sempre isso é possível...
E acima de tudo, o livro trata da busca pelo poder.
Pra finalizar, é impossível evitar uma comparação ao (também excelente) livro LIBRA de Don Delillo (uma das influências declaradas de Ellroy). Neste, o autor quer, na verdade, estabelecer, em forma de romance, uma nova versão ao assassinato de Kennedy, centrando-se, principalmente, na enigmática figura do suposto assassino Lee Oswald. Ao contrário de DeLillo, Ellroy não quer estabelecer uma nova “verdade”, estando mais interessado em contar uma história sobre aquilo que entende: crime. Afinal, o próprio Ellroy teve sua mãe assassinada, tendo, em sua adolescência, ingressado em pequenos crimes, além de álcool e drogas.
Nos EUA já saiu o 2º livro da trilogia, chamado AMERICAN DEATH TRIP.
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Falando em crime: hoje tem OZ no SBT, as 23:40!
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Não perca amanhã neste blog:
DOCUMENTO VERDADE – Tudo que você queria saber sobre ENDOSCOPIA, mas tinha medo de perguntar.
Os traficantes aqui do Rio foram bastante legais e não criaram caso com a minha ida ao cinema ontem. E, vejam só, o cinema até estava aberto!
Como já era de se esperar, SINAIS é um filme excelente!
Tem toda aquela atmosfera escura e opressiva dos filmes do M. Night Shyamalan, mesmo o filme se passando numa fazenda ensolarada. O suspense é contínuo e o filme rende alguns bons sustos.
Depois dos filmes anteriores do diretor, Sexto Sentido e Corpo Fechado, acredito que a cobrança dos críticos tenha sido bem maior, o que rendeu ao filme algumas críticas negativas. Mas isso aconteceu também com o filme Corpo Fechado, que, no entanto, é um dos melhores filmes que já vi (tratando, surpreendentemente, de super-heróis).
Um dos méritos do diretor é dar credibilidade a assuntos que aparentemente não possuem nenhuma, como crianças vendo mortos, pessoas com superpoderes e, agora, alienígenas. Tudo isso empregando pouquíssimos efeitos especiais! É difícil comentar sobre qualquer filme dele sem estragar alguma surpresa, então irei me conter.
Quanto ao elenco, Mel Gibson continua competente como sempre (e ainda merecendo um post neste humilde blog), o inimigo do Gladiador também dá conta do recado e, mais uma vez, Shyamalan conseguiu crianças carismáticas e que sabem atuar. Aliás, o próprio Shyamalan, a exemplo de seus filmes anteriores, faz um pequeno papel em Sinais.
Vejam!
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E quanto à discussão levantada pelo meu irmão no post abaixo, confesso que não vi nenhuma alusão no filme ao 11 de setembro. Se ele ou mais alguém tiver alguma teoria, os comentários estão à disposição.
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Passou de novo o trailer do filme dos dragões: REIGN OF FIRE. O melhor filme que eu ainda não vi!
