Antes de vocês começarem a leitura, preciso esclarecer que os comentários abaixo são completamente parciais. Afinal, é difícil assistir um filme baseado em quadrinhos que você lê há mais de 10 anos, de forma isenta e sem compará-lo com sua fonte.
Então vamos lá: Como filme, eu não sei, mas como adaptação das histórias em quadrinhos o HULK é uma merda.
Mudaram TUDO! Fizeram uma nova história, tendo por objeto um mostro verde. O filme não tem Rick Jones!
Todos sabem que o Banner virou o Hulk (ou liberou o Hulk, como queiram), devido à radiação gama emitida pela BOMBA DE RAIOS GAMA (para fins militares) que criou. E ele somente é irradiado por salvar Rick Jones que havia entrado imprudentemente na área de testes.
Pois é, nem o mais básico da origem foi mostrado... Ang Lee preferiu, não satisfeito só com a radiação gama, criar nanomeds e experimentos biológicos para explicar a transformação. As mudanças na história foram tantas, que não me permitiram apreciar o filme nem como divertimento.
Apesar do Nick Nolte estar ótimo e ter grande destaque no filme como pai de Bruce, foram cometidos mais alguns absurdos com o personagem. Pena que não dá pra contar aqui, sob pena de revelar boa parte do filme para quem ainda não viu.
Agora, tem uma coisa que eu não entendo... O Ang Lee usa a linguagem visual dos quadrinhos em boa parte do filme, com a divisão de tela e quadros superpostos (coisa, aliás, que está longe de ser original). Porque ele não usa a MESMA linguagem no roteiro também!?!? Em várias ocasiões, ele deixa transparecer que não sabe se está fazendo um drama ou adaptação de quadrinhos.
Pontos positivos? Não posso negar que o filme os tenha. O próprio Hulk, que eu tinha medo de se parecer demais com videogame, está bacana e as cenas de destruição são boas (principalmente o embate com os tanques de guerra).
E como eu tinha previsto aqui há alguns meses, o Ang Lee deu um jeito de colocar o Hulk lutando em cima de um bambuzal, numa clara alusão ao fraco O Tigre e o Dragão. (Tudo bem... Não é em cima de um bambuzal, mas é análogo)
Mas não liguem para mim... Provavelmente eu estou sendo um daqueles fãs ranzinzas e implicantes...
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Bacana mesmo foi o almoço no Friday’s com a galera antes do filme.
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Música do Ignorante: “Ha, ha You’re Dead” (Green Day)
Da série O MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS (entre outros)
Talvez só um filme tenha me impressionado tanto na infância quanto o A Fantástica Fábrica de Chocolates:
AS SETE FACES DO DR. LAO
Dr. Lao é um simpático ancião oriental que chega numa cidade do velho oeste para apresentar seu circo. Só que o circo de Dr. Lao não é um circo comum... Nele se apresentam personagens mitológicos e lendários, como Pan, Medusa, Merlin, o Abominável Monstro das Neves. O próprio peixinho de estimação do Dr. Lao, segundo ele, se trata de uma temível serpente marinha.
O que poderia ser uma simples história sobre um circo fantástico, ganha outras ramificações quando são mostrados os habitantes (muitas vezes desiludidos) da cidade e ganância do “chefão” local, que quer comprar todos os terrenos dos cidadãos (com a intenção de lucrar em cima, é claro).
O encontro das criaturas do circo com os habitantes da pequena cidade acaba por expô-los a seus medos, desejos e defeitos. Algumas vezes as lições são aceitas, outras não. Uma das sequências mais clássicas é quando a velha encalhada da cidade se consulta com o mago, que lhe revela o seu triste e solitário futuro.
Mas, além das muitas mensagens que o filme passa, ele é divertido como poucos. E os efeitos especiais são excelentes para um filme de 1964, tendo, inclusive, ganhado um oscar neste quesito.
ANDREW W. K. está lançando, em 15 de julho, um CD single para seu novo disco. O cd vem com duas músicas inéditas, mais um DVD com todos os seus vídeos e cenas de shows.
O disco novo está previsto para 9 de setembro e se chamará The Wolf.
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Eu só fiquei triste, pois até hoje Andrew W.K. não respondeu a pergunta que eu fiz a ele na seção “Ask Andrew” do site.
Perguntei a ele qual era seu personagem preferido do desenho do He-Man... Ainda tenho esperanças de que ele me responda.
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Hoje recebi um e-mail convocando a todos os brasileiros a desligarem os seus celulares nos dias 05 e 06 de julho, a fim de protestar pelas tarifas abusivas que vêm sendo cobradas pelas operadoras e tentar conseguir algum benefício ou redução dos preços.
Atitude certa e fins errados.
Vou desligar meu celular, como eu faço sempre em TODOS os finais de semana, não porque eu quero uma redução de tarifas, mas sim porque eu acho que celulares são uma merda.
Aliás, ao lado do despertador, eu acredito que o telefone seja a pior invenção da história da humanidade.
Quando, por qualquer razão, me perguntam o número do meu telefone residencial, a resposta é simples: não tenho telefone (pelo menos no Rio de Janeiro). E só tenho um celular, porque eu ganhei no meu trabalho, pois eu nunca compraria um espontaneamente.
Sempre odiei a campainha de telefone. Ter que levantar, acordar, pausar um filme, fechar um livro, deixar de fazer o que estou fazendo para atender uma ligação que não é para mim também não me agrada nem um pouco. Reconheço as vantagens do aparelho, mas as desvantagens acabam por nublar completamente o meu (pouco) bom senso.
Mas, pelo menos, isso se resumia a sua casa. Até o advento do celular.
Agora você não precisa ser incomodado só na sua casa! Podem te incomodar na rua, no bar, no show, no restaurante, no cinema! Aliás, não só você é incomodado, como também qualquer um que esteja no mesmo recinto que você.
Portanto, não sei se o e-mail é somente mais uma daquelas mensagens de protesto inconsequentes, mas qualquer atitude que restrinja o uso de telefones (de qualquer tipo) tem meu completo apoio.
Não sei se vocês sabem, uma das razões de ter escolhido cursar a faculdade de direito, foi a possibilidade de me livrar pra sempre da matemática.
Só que hoje eu passei O DIA INTEIRO fazendo cálculos para cobrança de um débito.
Então não esperem muita coerência da minha parte agora, no final do dia.
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Vindo para o trabalho hoje (aliás, continuo firme no meu propósito de não mais usar o metrô), passei por um carro com um adesivo no vidro que pregava contra o aborto e usava a seguinte frase “um crime em que a vítima não pode se defender”.
Conheço todos os argumentos de quem é contra o aborto e até concordo com uma série deles. Mas, sinceramente, eu acho que os geradores do feto ou do monte de células que um dia será uma criança têm o direito de escolher se prosseguem com a gestação ou não.
Particularmente, se o aborto fosse legalizado (já que vocês sabem que eu sou um fiel seguidor da lei), não pensaria duas vezes em sugerir a eliminação de um feto que possa vir a se tornar uma criança indesejada.
Inclusive, tenho até uma slogan para uma campanha de legalização do aborto:
“LEGALIZAÇÃO DO ABORTO – FAÇA NASCER ESSA IDÉIA”
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Os leitores antigos deste blog sabem que o DVD que eu comprei na Casas Bahia só me trouxe desgosto.
Além de literalmente não aceitar O Senhor dos Anéis e A Última Festa de Solteiro, agora ele está travando com TODOS os meus DVDs. Quando o filme chega aos 55 minutos, começa a travar de minuto em minuto.
O pior de tudo vai ser achar a porcaria da garantia (que eu nem sei se ainda está valendo)
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E já que eu vou perder vários leitores com este post, vamos lá:
Neste final de semana li também: DO OUTRO LADO DO MURO de Alexandre Frota.
Obra lançada, salvo engano, pela Revista Caras, em que Frota conta como foi sua estadia na primeira edição da CASA DOS ARTISTAS.
Frota revela todos estratagemas que utilizou para permanecer no jogo até o último dia, como manipulou todos os participantes e como ele é realmente um cara sagaz.
O auge da obra é quando Frota revela como foi bom ter saído no meio do programa e voltado, em seguida, a pedido do próprio Silvio Santos. As declarações de amor para sua mulher (agora ex-mulher) também são uma constante no livro. Por exemplo, no próprio episódio em que saiu da casa, Frota revela, singelamente: “Dei várias com força na Dani.”
A única parte ruim do livro é quando Frota, claramente querendo encher linguiça, coloca as receitas de comidas preparadas na Casa dos Artistas.
Para guardar na estante junto com O Príncipe e A Arte da Guerra.
Mais um filme nacional que foi uma grata surpresa. Já tinha achado o trailer bacana e o filme superou minhas expectativas.
André é apaixonado por Silvia, a garota que ele fica espionando de binóculo. E como ele não é bobo, sabe que precisa de dinheiro para alcançar seus objetivos.
Partindo desta premissa simples, a história se desenvolve bem e, para meu espanto, indo bastante além do que o trailer sugeria. O elenco está afiado, principalmente Pedro Cardoso, sempre bom fazendo o papel de Pedro Cardoso. Não terem colocado uma mocinha boçal também ajudou bastante.
A trilha sonora tem uma música que repete o mesmo trecho várias vezes. Ainda bem que o trecho repetido, lembra muito (muito mesmo) a sensacional introdução de The Day I Tried to Live do Soundgarden.
E mesmo não sendo um filme “pra pensar”, confesso que estou com ele na cabeça até hoje.
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Li SONHOS DE BUNKER HILL do Fante.
Mais um livro com seu alter-ego Arturo Bandini, que aparece, dentre outros, em Pergunte ao Pó.
Não, eu ainda não li Pergunte ao Pó. Nunca havia achado em sebo este livro, mas agora o problema está solucionado, pois foi publicada uma nova edição. Inclusive, saiu uma nova edição do próprio Sonhos de Bunker Hill pela L&PM.
Se você quer ler Fante estimulado pelos elogios rasgados de Bukowski, não vá achando que irá encontrar algo igual ao velho safado.
Arturo Bandini, apesar da vida desregrada, não chega a ser pervertido como Henry Chinasky. Aliás, muitas vezes Bandini é de uma inocência que faz lembrar Salinger em Apanhador no Campo de Centeio.
Os relacionamentos de Bandini são estranhos, suas amizades são estranhas, seus empregos são estranhos, assim como seu próprio comportamento instável. Mas seu objetivo é firme: se tornar um escritor.
Estou lendo a nova série de quadrinhos da Wildstorm sobre os THUNDERCATS.
Ocorreu uma reviravolta no universo dos personagens. Lion havia se retirado para treinamento, achando que Mumm-ra havia sido finalmente derrotado. Mumm-ra volta e domina o mundo, enquanto Lion passa 5 anos treinando.
Com exceção de Snarf, todos os demais Thundercats são escravizados. Panthro vai parar numa mina e Cheetara vira escrava (inclusive sexual) dos Mutantes. Está tudo mais hardcore... No primeiro combate de Lion, quando volta do treinamento, ele quebra o pescoço de um dos lacaios de Mumm-ra.
Mas este post foi só pra avisar vocês que:
a WILYKIT TÁ BATENDO UM BOLÃO!
Quem diria que aquela pirralha, que só não era pior que o Snarf, iria virar esse mulherão, hein, hein?
Chihiro é uma criança que se vê perdida em outro mundo e tem que trabalhar numa casa de banho para deuses cansados. A animação é uma das mais bonitas que já vi, a história é ótima e os personagens, por incrível que pareça, não são divididos entre bons/maus.
Algumas coisas lembram de Alice no País das Maravilhas e você sai do cinema com a impressão de que os criadores do filme ou tomaram muitas drogas ou usaram muito simbolismo. Ou os dois.
Não sei se vocês repararam mas o indicador de comentários não está funcionando. Mesmo que tenha algum comentário, permanece o “Adicione um comentário” e não há mais a indicação de quantos comentários foram feitos.
Por causa disso, estava achando que vocês haviam me abandonado, até que hoje eu abri a janela de comentários de um post em que aparentemente não havia nenhum comentário e lá existiam 3 comentários.
Inclusive, só hoje eu vi o belo comentário do Capilé de alguns dias atrás.
Fora isso, o sistema de comentários continua funcionando normalmente.
(se alguém souber como se arruma isso, por favor me comunique)
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Consegui usar a palavra comentário(s) 9 vezes em 4 parágrafos. Lamentável.
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Já fazia algum tempo que eu me sentia observado. Não tinha motivo nenhum para achar isso. Nunca tive inimigos (pelo menos, inimigos que se importassem em me observar) ou mesmo pratiquei qualquer atividade que despertasse a atenção de alguém.
Tentei ignorar a sensação. De nada adiantou.
Já acordava tenso e ao trocar de roupa para ir trabalhar, fechava todas as cortinas de casa. Ao andar pela rua, olhava para trás, para os lados. Chegando em casa à noite, não acendia as luzes e espreitava pelas janelas, tentando descobrir de onde vinha o olhar que sentia queimar a minha nuca.
Nada. Nunca tive um indício concreto sequer de que estava sendo seguido ou observado. Mas a sensação persistia.
Abandonei qualquer atividade ou atitude que parecesse comprometedora a quem quer que seja. Minha vida se limitava a ir trabalhar, comer e dormir. Não conseguia sequer comprar uma Playboy na banca da esquina sem começar a suar frio.
Há uma semana, voltando tarde do trabalho para casa, me deparei sozinho numa rua. Aliás, sozinho não. Havia alguém atrás de mim. E, de repente, eu tive a súbita certeza de que só podia ser ele a pessoa que transformara minha vida num inferno.
Depois de semanas retraído, não consegui me conter. Parei e esperei o estranho se aproximar. Sabe aquelas pessoas que se parecem com todo mundo e ao mesmo tempo com ninguém em particular? Era o tipo de cara.
Encarei o homem e perguntei se era ele que vinha me seguindo e observando este tempo todo. Sério, ele disse uma só palavra: “Sim.” E depois continuou sua caminhada, me deixando ali parado.
Hoje em dia, voltei a viver normalmente, já não fecho as cortinas de casa e até consigo comprar uma Playboy ou fumar um cigarro sem me sentir culpado.
A sensação de estar sendo observado persiste, mas eu já não me importo muito com ela.
Li também no final de semana SECREÇÕES, EXCREÇÕES E DESATINOS do Rubem Fonseca.
Livro com 14 contos curtos, que dá pra ler de uma tacada só.
A maioria dos contos tem como tema ou como pano de fundo algum elemento escatológico.
O livro começa com a história de um homem que vê o futuro em suas fezes (Copromancia), e em seguida passa por temas variados, como comer carne crua e beber sangue, estupro, tumores, cera de ouvido, mijo, masturbação e por aí vai. Ou seja: não tem erro.
Dá pra você ler um ou dois contos tranquilamente em qualquer livraria, caso você esteja sem dinheiro. Recomendo o conto Belos Dentes e Bom Coração, um dos poucos que não tem nada nojento no meio.
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Vi o TODO PODEROSO (Bruce Almighty).
Carrey, um repórter frustrado, ganha os poderes de Deus.
Confesso que estava esperando o Jim Carrey careteiro de filmes como Ace Ventura. Apesar dele quase chegar lá, sua perfomance não está tão extrema como no exemplo mencionado. Mas mesmo assim dá pra matar a saudade.
O filme é engraçado pra cacete, mas, infelizmente, segue a tendência de transformar a comédia em drama lá pelo final, com uma mensagem edificante. Nada que estrague a diversão, é claro!
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Cansado de colocar revistas em quadrinhos no meio de papéis e livros para ler no trabalho?
Um site com muitas (muitas mesmo) revistas em quadrinhos escaneadas, com clássicos como Cavaleiro das Trevas, Watchmen, Liga extraordinária, além de revistas mais recentes.
Além de edições nacionais, existem revistas importadas, como Thundercats e até revista que nunca foi publicada, como a Hellblazer: Shoot.
Neste fim de semana acabei de ler O DRAGÃO VERMELHO de Thomas Harris.
Estimulado pelos elogiosos comentários do James Ellroy e pelo filme que eu havia gostado bastante, resolvi finalmente sacar o livro da estante.
O livro conta a história de Francis Dolarhyde, um assassino serial com pretensões de transformar a si mesmo no “Dragão Vermelho” através de assassinatos de famílias inteiras. Will Graham, que se desligou do FBI após prender o assassino Hannibal Lecter, é novamente convocado para pôr um fim à onda de crimes. Desnecessário dizer que a história se passa antes d’O Silêncio dos Inocentes e da agente Clarice, certo?
Isso é um resumo bem pobre do livro... Se você já viu o filme sabe o que esperar, tendo em vista que a adaptação é muito boa.
O livro se aprofunda mais do que o filme nas razões que levaram Dolarhyde a se tornar um psicopata, mostrando sua infância, os problemas com o lábio leporino e os traumas sofridos.
Mesmo já sabendo o que iria acontecer (uma das razões pela qual eu detesto ver um filme antes de ler o livro), a história prende a atenção e realmente te deixa ansioso.
E se você ler a edição nacional do livro, editado pela Record, ainda poderá se divertir com a belíssima tradução que deram ao primeiro apelido que Dolarhyde recebe da imprensa. No original seria Tooth Fairy: Fada dos Dentes, em razão terem sido encontradas diversas marcas de mordidas em suas vítimas. Na edição que li, Dolarhyde era apelidado de “Gay Dentuço”.
Da série CITAÇÕES LITERÁRIAS PARA QUANDO O RUBINHO ESTÁ SEM TEMPO DE ESCREVER
“Pamplona não é lugar para se levar a esposa. Todas as circunstâncias contribuem para que ela adoeça, fira-se ou se machuque; para que, pelo menos, seja acotovelada ou se derrame vinho em sua roupa; corre-se o risco de a perder ou de acontecer talvez até mesmo essas coisas juntas. Se existisse um casal que pudesse enfrentar Pamplona com sucesso, esse casal seria Carmem e Antonio, mas Antonio não a traria ainda assim, É uma fiesta de homens, e as mulheres causam confusão; nunca intencionalmente, é claro; mas quase sempre provocam ou experimentam aborrecimentos. Uma vez escrevi um livro sobre o assunto. Entretanto, se ela fala espanhol suficiente para saber que estão brincando com ela e não a insultando, se é capaz de beber vinho dia e noite e dançar com qualquer estranho que a convide, se não se importa com coisas derramadas sobre ela, se adora ruído e música contínuos e ama fogos de artifício, principalmente aqueles que estouram perto dela e queimam suas roupas, se acha lógico e natural assistir ao máximo que uma pessoa se pode aproximar de ser morta pelos touros por simples diversão, se não fica resfriada se encharcada de chuva e aprecia a poeira, gosta da desordem e de refeições irregulares, se nunca precisa dormir e se mantém limpa e arrumada, mesmo sem água corrente, então pode trazê-la. Mas correrá o risco de a perder para um homem melhor do que você.”
Fiquei DUAS HORAS para conseguir descobrir como a porcaria do Blogger voltaria a publicar os acentos das palavras.
Já começou ontem, quando eu descobri que o blogger tinha mudado e exigia o Internet Explorer 6 para oferecer um serviço mais rápido. Se você não tivesse, era jogado para uma interface tosca que demorava horas para publicar um post.
Não vou comentar a dificuldade para alguém como eu, com parcos conhecimentos de informática, descobrir como pegar o IE6, fazer o download e instalar.
Depois de instalado e com o blogger funcionando “normalmente”, descobri que os meus acentos tinham virado pontos de interrogação.
Depois de uma longa pesquisa, que sinceramente não vale a pena descrever, fui descobrir que eu tinha que mudar a configuração do blogger, que, por sua vez, oferece uma porrada de opções. E, é obvio, eu não sabia qual era a correta.
Aliás, eu nem sei se vai funcionar o que eu fiz.
Em virtude disso, não tive tempo de escrever nada.
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Mas se vocês quiserem alguma coisa pra fazer, recomendo uma visita ao site da DARKHORSE . Consegui lá um papel de parede bacana do Darth Vader e um protetor de tela do Hellboy.
Aviso: em razao de mudanças que eu nao pedi no blogger, agora os posts virao sem acentos, ate eu descobrir como solucionar isso.
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HOMENAGEM A UM AMIGO
Ok, se hoje você entrou aqui querendo saber minha relevante opiniao sobre filmes, livros e cultura em geral, aconselho voltar amanha, porque agora o assunto é pessoal. Tao pessoal que tenho minhas duvidas que va interessar a alguem que nao esteja envolvido na historia, o que se resume a duas pessoas. E por se tratar de um assunto pessoal, e bem provavel que meu texto nao tenha la grande coerencia. Mas se um dia eu aprendi algo, quem sabe registrado aqui nao sirva para alguém aprender também...
Continua lendo? Entao, vamos la.
Como todos sabem, sempre fui uma criança retraida e timida e isso nao foi diferente durante boa parte de minha adolescencia. Meus interesses eram completamente diversos de quase todos a minha volta e eu nao era muito de desbravar a vida, preferindo me refugiar no meu mundo de ficçao. Diante destas caracteristicas, é obvio que eu nao era um sucesso com as meninas.
No segundo grau do colégio, era parte de um grupo de amigos. Continuava timido, mas nem tanto. Continuava um fracasso com as garotas, mas nem tanto.
Por algum motivo que sinceramente nao e relevante a historia, eu comecei a me afastar da maior parte dos meus amigos do colégio. Com minhas razoes, eu achava que eles nao eram dignos da amizade que depositei neles.
Resultado disso: fiquei algum tempo sem amigos. Nao chegava a me lamentar da minha situaça?o, pois, vendo as coisas retroativamente, aquele pessoal nunca foi meu amigo.
Até que, gradualmente, comecei a andar com novas pessoas e, quando percebi, ja estava incluido em outro grupo de amigos, na época carinhosa e ingenuamente chamado de “galera”. Ali eu vi que, se nao podia contar com todos, pelo menos alguns eram dignos de serem chamados amigos de verdade e esse foi um dos melhores periodos da minha vida.
Ja com a “galera”, eu sofri minha primeira decepçao amorosa. Como disse antes, eu nao era um sucesso com as garotas, limitando-me a “ficar” com uma e outra (muito) esporadicamente, até que um dia eu realmente passei a gostar de uma, o que me rendeu umas tres semanas envolvido com a moça.
Ate que ela me deu o fora.
No dia seguinte, na casa do Eduardinho, um dos responsaveis por ter sido acolhido na galera, contei sobre o fora que havia levado e, ingenuamente, abri meu coraçao sobre o quao dificil seria repor aquela perda (com uma ingenuidade que somente os adolescentes sao capazes e olha que eu nem era tao adolescente).
E bem provavel que ele nem se lembre mais disso, mas ante minhas lamentaçoes, ele sorriu e disse: “Nao esquenta nao, você ta com a gente agora.”
Vendo aquele garoto franzino como eu, que andava tao mal vestido como eu (era época das calças n 50 e camisas XGG), demonstrar a autoconfiança que ele tinha, fez mudar meu ponto de vista com relaçao a diversas coisas, principalmente a mim mesmo e a baixa auto-estima que secretamente possuia.
Ao mesmo tempo que Eduardinho me confortava com a frase de que eu nao precisava me preocupar, pois tinha amigos do meu lado, sua atitude me serviu de exemplo para tambem ser auto confiante, como ele mesmo era. A frase combinada com sua atitude altiva, me fez enxergar meus proprios erros e qual seria o melhor jeito de me portar dali em diante.
Nunca cheguei a contar ao Eduardinho sobre o quanto aquele momento significou para mim e quanto eu devo parte do que sou hoje a ele.
Mas provavelmente ele vai ler este humilde post e ficar sabendo de tudo.
Ontem vi o filme A FESTA NUNCA TERMINA (24 hour party people).
Como vocês são muito bem informados e não precisam que eu fique falando o óbvio, não vou dizer que o filme trata da cena musical de Manchester nos anos 80, desde o começo da boate e selo Factory até o seu término.
O filme é centrado em Tony Wilson, um dos diretores da Factory, e mostra suas desventuras para conseguir as bandas para o selo (não havia um contrato entre selo e banda), bem como para levar adiante sua boate. Mas como o próprio Wilson diz em determinado momento, este filme não é sobre sua vida, mas sim sobre música.
E neste quesito que ele prende a atenção, ao mostrar a trajetória do Joy Division, desde a sua descoberta até a morte de Ian Curtis (de forma resumida, é claro), a transformação do Joy Division em New Order (que tem pouco destaque no filme) e finalmente o Happy Mondays.
Para quem já conhece as bandas ou um pouco da história, o filme é imperdível e ainda conta com algumas aparições especiais. Se você não se interessa por nada disso, tenho que dizer que o filme perde boa parte de seu apelo, mas mesmo assim é bacana.
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Da série AS MELHORES FRASES DE FILME
“Se a lenda é mais interessante que a realidade, divulgue a lenda”
(Tony Wilson em A Festa Nunca Termina)
Não consegui ir ao cinema no fim de semana. Em compensação pude assistir na Sexta, ao ótimo show do CANVAS no Casarão Amarelo. E depois ainda fomos para a Bunker para ver o Glamourama.
Então, como o post de hoje ia ser dedicado ao menos a um dos filmes que eu citei na Sexta, vou usar o velho truque de comentar um filme antigo que todo mundo já viu:
RUAS DE FOGO
Lançado à época como uma “fábula rock’n’roll”, o filme possui a história clássica, com algumas pequenas variações: HERÓI VAI SALVAR A NAMORADA DO MALFEITOR. No caso, é a ex-namorada do herói.
O filme se passa em uma época indefinida, com algo de retrô, apesar de não ser no passado. Uma cantora de sucesso é sequestrada por uma gangue de motoqueiros e ninguém menos que Michael Paré, seu ex-namorado é contratado por seu empresário e atual namorado (Rick Moranis) para salvá-la.
Este é um dos poucos, senão o único, filme do simpático ator Michael Paré que presta. Há muito tempo atrás, ele tentou emplacar como astro de filmes de ação sem nenhum sucesso e hoje pode ser visto em esporádicos telefilmes no Supercine.
O filme tem um visual estiloso e uns cortes que lembram, não sei se intencionalmente, o virar de páginas de uma revista em quadrinhos. As cenas de ação são ótimas, culminando com um dos melhores embates “herói x vilão” já vistos, com uma singela luta de marretas. E como se não bastasse, Willem Dafoe é o vilão.
E por se tratar de uma “fábula rock’n’roll” a música presta um relevante papel no filme: Um dos produtores da trilha sonora é Jim Steinman, o cérebro por trás das melhores músicas interpretadas por Meat Loaf. É impossível não se lembrar de Meat Loaf ao escutar a música cantada pela cantora sequestrada logo no início do filme.
E, por incrível que pareça, meu computador chegou ontem mesmo!
Agora ele tem uma capacidade prodigiosa, considerando que somente se presta para arquivos de texto.
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Hoje estreou nos cinemas: A Festa Nunca Termina (24 hour party people) e Todo Poderoso (Bruce Almighty). Diversão garantida, apesar de ainda não ter visto nenhum deles.
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Falando em cinema, segundo li no site Omelete , parece que será produzido o filme do LUKE CAGE.
Luke Cage é um dos poucos heróis negros que já ganhou algum destaque nas páginas das revistas da Marvel. Um rapaz do gueto, invulnerável, que usava uma camisa amarela colada no corpo, uma corrente na cintura e uma tiara de metal na cabeça, e se autodenominava Herói de Aluguel.
O mais legal é que, apesar de ser invulnerável, sua roupa não era. Talvez Reed Richards do Quarteto Fantástico não fosse com a cara dele, pois não lhe ensinou a fazer um uniforme de moléculas instáveis como aqueles usados por 90% dos heróis marvel.
A consequência é que, invariavelmente, no final de suas histórias, ele terminava com suas roupas aos trapos ou mesmo pelado, só sobrando a corrente e a tiara de metal.
Nos últimos tempos, Cage sofreu uma reformulação de visual, sendo modernizado e, infelizmente, perdendo seu tradicional traje amarelo.
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E ainda falando em filmes, depois da promoção “leve 3, pague 2” de DVDs da Fox, a Lojas Americanas está fazendo uma com os DVDs da Warner.
Altamente recomendável, pois, dependendo da filial que você for, dá pra encontrar clássicos como Laranja Mecânica, 2001, Casablanca e por aí vai.
Finalmente meu computador do trabalho entregou os pontos e morreu. Na terça feira ele foi retirado para uma troca de HD (não que eu saiba o que é HD, mas provavelmente ele voltará a funcionar com isso).
Até que ontem ele não fez muita falta, já que eu tive duas audiências em Nilópolis. Mas hoje está fazendo.
Estou postando clandestinamente de outro computador aqui do escritório até que o meu volte. O prometido era que hoje ele já estaria aqui.
Hoje me vi surpreendido por este pensamento... Porque eu não sou uma pessoa “normal”, com interesses “normais”, como trabalhar e prosperar, sair à noite pra dançar, constituir família, jogar bola no fim de semana, coisas assim?
Em vez disso, eu me preocupo se já comprei a edição Origens Secretas da Liga da Justiça desenhada pelo Alex Ross, tento ver os inúmeros filmes que me interessam no cinema e se não consigo isto realmente me incomoda (mesmo que o ingresso esteja uma fortuna), vibro com uma luta entre o Justiceiro e o Wolverine, gravo 12 cds no final de semana (alguns de bandas que eu nunca ouvi falar) mesmo sabendo que eu ainda não consegui escutar os últimos 7 que eu comprei, não perco um episódio de OZ e mal posso ver uma promoção de DVDs nas Lojas Americanas para torrar o dinheiro que eu não tenho.
E, como se não bastasse, tenho um blog.
O engraçado é que nunca houve um esforço consciente para que eu me tornasse esse ser lamentável que sou hoje. Meus pais, apesar de me incentivarem culturalmente, nunca me dirigiram para qualquer espécie de gosto...
Acredito que tudo tenha começado na infância. Sempre fui tímido além da conta e péssimo nos esportes. Aliás, nunca sequer me interessei por esportes. Enquanto todos torciam para o Brasil nas Copas do Mundo, eu estava jogando videogame ou lendo.
Talvez tenha sido a primeira revista em quadrinhos de super-herói que li. Se não me engano era a Superaventuras Marvel 30, com histórias do X-men e do Demolidor.
Ou talvez tenha sido o primeiro disco de rock que tenha escutado... O primeiro que realmente me interessou pela música, ao invés do desenho na capa, é bem provável que tenha sido o CODA do Led Zeppelin. E quando eu era realmente muito pequeno, meu disco preferido era um compacto do Wando, que tinha duas músicas (acredito que uma delas se chamava “moça”).
Quem sabe sejam os livros. Antes mesmo da adolescência, eu peguei meu primeiro livro “sério” para ler: Tripulação de Esqueletos do Stephen King. Eu simplesmente não consegui resistir à caveira na capa do livro do meu tio e, enquanto todos estavam jantando na casa da minha avó, já estava envolvido pelo livro que havia pego sem ninguém saber. Enquanto o pessoal do colégio lia Xisto no Espaço ou Tonico e Carniça obrigado pelos professores, eu estava lendo O Jogo da Perdição de um “novo” autor chamado Clive Barker.
A televisão também deve ter sido decisiva em algum ponto. Afinal, não há como não considerar a influência de programas como o seriado do Hulk, Muppets, He-Man, Don Drácula, Chaves, entre outros. Ou mesmo as lutas livres nas manhãs de Sábado (ou Domingo) na TVS (eu sempre torcia para um lutador chamado “Cachorro Louco”).
Jogar Didi na Mina de Ouro do extinto videogame Odissey ou ser viciado em Atari também não deve ter colaborado muito.
E quando ganhei meu videocassete? O primeiro filme que entrou nele foi Stallone é Cobra (fita pirata, é claro) Não foi muito saudável também ficar assistindo escondido os filmes pornôs que meu pai alugava. Na época, a distribuidora que dominava o mercado era a extinta Onyx Vídeo e eu assistia clássicos como New Wave Hookers (muito antes de estourar a polêmica sobre Traci Lords ser menor ao começar sua carreira), Beetwen the Cheeks (com a impressionante cena final de dupla penetração anal pela Ginger Lynn) ou a série Taboo (que imitava a novela Dallas).
E pra completar o primeiro filme que eu me lembro de ter visto no cinema foi O Retorno do Jedi. Isso quando existiam 2 cinemas em Barra Mansa (hoje, não há nenhum).
Ontem fiquei um bom tempo tentando postar e, antes de aparecer que o blogger estava em manutenção, ele conseguiu acusar dois erros diferentes que eu não consegui entender.
Vamos ver se hoje vai.
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A MTV por volta das 8:30hs é algo surpreendente. Acordei com Queens of Stones Age, seguido por Butthole Surfers com Who was in my room last night? e depois Primus com Tommy the Cat.
Cheguei a lembrar do começo do canal no Brasil, quando você ligava a TV à tarde e era fácil de ver um clip do Reverend Horton Heat. Sem contar o Fúria Metal que passava Seasons in the Abyss do Slayer toda semana.
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E agora o post de ontem que não foi publicado:
Acabei de ler O TALISMÃ do Stephen King e Peter Straub.
Mais uma vez minha memória se mostrou prodigiosa no que tange a esquecer das coisas. Foi praticamente como ler o livro pela primeira vez, já que eu não me lembrava de quase nada.
A mãe de Jack Sawyer, um menino de 12 anos, está morrendo de câncer. Num parque de diversões, Speedy Parker, aparentemente o faxineiro do local, revela a Jack a existência dos Territórios, uma espécie de dimensão paralela à nossa. Além disso, Jack descobre que existe uma chance de salvar sua mãe: basta conseguir se apoderar do “talismã”.
Jack parte em sua jornada para o Oeste em busca do Talismã, ora pelos Estados Unidos, ora pelos Territórios, e descobre que lá existem pessoas equivalentes às da nossa realidade. E muitas vezes o que acontece em um lugar acaba refletindo no outro. O duplo de sua mãe, por exemplo, é a rainha dos Territórios, que também se encontra às portas da morte.
Como bom livro de fantasia que é, a história não seria completa se não existisse um terrível inimigo disposto a impedir Jack de completar sua jornada.
As provações sofridas por Jack em sua busca muitas vezes chegam ao limite do insuportável, no melhor estilo Stephen King de maltratar seus personagens. Alguns personagens merecem destaque, como Lobo, uma criatura dos Territórios que se transforma em... Lobo nas noites de lua cheia e torna-se grande amigo de Jack.
Resta saber se eu emendo direto na continuação A Casa Negra ou pego outro livro para ler no meio.