Esses dias eu estava escutando o disco PILE UP do PANSY DIVISION.
O disco, muito bom aliás, é uma coletânea de singles e lados B da banda. Pra quem não conhece, o som é punk rock básico, mas o diferencial são as letras com temática homossexual.
Não sou de postar letra de música, mas vale a pena deixar um exemplo de uma das canções do Pansy Division:
RING OF JOY
With a mirror in your hand
Lay down on your bed
Throw your legs in the air
And see what's around the bend
Take a good long look
At a buried treasure
There between your cheeks
A hidden source of pleasure
It's an orifice for elimination
It's an orifice for elimination
Ring of joy, ring of joy
A new discovery to enjoy
And girl or any boy
Can exercise their ring of joy
"Ooh, but it's so dirty!"
Well, not if you keep it clean
Dicks have a good reputation
Even though they're used to pee
Learn to relax those muscles
With practice they'll open wide
Hit your pleasure center
From the other side
It's an orifice for elimination
It's an orifice for stimulation
Ring of joy, ring of joy
A tight muscle to employ
Any girl or any boy
Can break through on that ring of joy
Did i mention latex?
' Cause you know it´s a must
Gotta protect yourself
Even with somebody you trust
It's a natural feeling
Don't let anyone tell you it's not
You don't have to be queer
But it helps alot
It's an orifice for liberation
It's an orifice for celebration
Ring of joy, ring of joy
Erotic thrill, sexual toy
A boy inside another boy
Go all the way with your ring of joy
Hoje resolvi por em prática um plano que venho tecendo desde a semana passada.
Como todos vocês sabem, vou andando para o trabalho. No trajeto, sou interrompido inúmeras vezes por pessoas que querem me entregar panfletos. A maioria são aqueles pequenos, tipo: dinheiro urgente, empréstimo ou compro seu vale.
Eu nunca pego nenhum deles, até porque eu já sei que o que está sendo anunciado não me interessa. No entanto, isso não impede que sempre tentem enfiar um panfleto na minha mão.
No caminho ao trabalho, pensei: “Vou pegar TODOS os panfletos que me oferecerem. Aí, quando chegar ao escritório vou contar quantos eu recebi e escrever um post sobre isso”.
Estava ontem numa loja de cds, compenetrado em descobrir alguma boa promoção, quando se aproxima de mim um menino de rua. Nem dei muita atenção a ele... Na verdade, até ele me abordar, eu só tinha notado um vulto ao meu lado.
De repente eu escuto: “Tio, me compra um cd? Pode ser esse daqui.”
Olho pro lado e vejo o moleque, com a boca toda suja de farelo. Ele está apontando pra um cd escolhido a esmo na estante. Olho para o cd: “Baixo Brasil”. Um disco de música instrumental, com uma capa de gosto duvidoso.
Atordoado pelo pedido, pergunto: “O que foi?”
“Me compra esse cd”, responde, insolente, o moleque.
O que me deixou puto é que era o simples pedir pelo pedir. Ele não estava querendo dinheiro ou comida. Nem um cd de verdade ele queria, já que escolheu apenas o mais próximo dele na hora do pedido. Duvido que ele conhecesse os músicos ou a qualidade da música contida no cd. Aliás, duvido que ele tenha um cd player pra escutar o cd.
Por dois segundos, pensei em dar o cd “Baixo Brasil” para o moleque. Só pelo prazer de ver ele se arrepender de ter pedido um cd que custa R$ 20,00, ao invés de um prato de comida ou do dinheiro em si.
Aí eu lembrei do meu saldo bancário e dei minha resposta habitual: “Não.”
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Aliás, isso é algo que todo mundo deve experimentar...
Já repararam que quando chega um mendigo chato pedindo dinheiro, todo mundo arruma uma desculpa, tipo: “Puxa, estou sem trocado”; “Puxa, agora eu não tenho”; “Puxa, agora não dá”.
Experimente simplesmente dizer “Não” para o pedinte. Deve ser um “Não” lacônico e orgulhoso. Você não só não vai o dinheiro, como não vai explicar porque não vai dar. Ele deve notar que você não irá sentir o menor remorso após lhe dar as costas.
O efeito é devastador. Geralmente o pedinte fica olhando para você, sem ação. Nesse momento, você deve sustentar o olhar do pedinte até que ele desvie o olhar e vá embora.
Ao pedir esmolas, os mendigos tem dois objetivos:
1 – Conseguir o dinheiro e fazer que você se sinta mal por ele estar naquela condição.
2 – Se não conseguir o dinheiro, simplesmente fazer que você se sinta mal por ele estar naquela condição.
É por isso que o seu “não”deve ser orgulhoso e altivo. O fato de você responder simplesmente “não”, por sua vez, significa que você não dá a mínima em lhe explicar porque não está dando o dinheiro. Aliás, isso deixa subententendido que você TEM o dinheiro, mas NÃO vai dar.
Música do Ignorante: She’s got the look (Guttermouth)
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Aliás, o GUTTERMOUTH é uma bandinha de hardcore melódico bem mais ou menos, que lançava uns discos ruins no começo de carreira e nos últimos anos tem lançado algumas coisas legais.
A música acima citada está no cd:
COVERED WITH ANTS
que é bastante recomendado para quem quer ouvir o bom e velho hardcore melódico sem qualquer inovação. Apesar de não ser inovador, o disco é bem produzido e está cheio de músicas legais e bobas. Duas ou três garantidas de grudarem na sua cabeça por dias.
Final de semana tranquilo. Além da noite de sábado conversando com amigos, deu pra ver dois filmes.
Um deles foi no DVD: GAROTOS INCRÍVEIS.
Eu já tinha lido o livro do Michael Chabon há algum tempo (inclusive comentado aqui) e adorado. Assim, esperava apenas uma oportunidade para conferir a adaptação cinematográfica.
Adaptação, aliás, MUITO bem feita. O filme mostra quase tudo do livro e é bem fiel ao seu espírito.
Pra quem não lembra (ou não leu) quando eu comentei o livro: o filme conta a história de um escritor que lançou um livro de enorme sucesso e que há 7 anos não consegue terminar de escrever seu novo romance. Enquanto isso, ele dá aulas numa faculdade, fuma muita maconha, tenta resolver sua vida amorosa e ajudar um aluno problemático de sua turma.
Leia o livro e veja o filme.
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No Domingo, vi A PAIXÃO DE CRISTO.
Inobstante a quase unanimidade de críticas negativas que tenho lido, gostei MUITO do filme!
Mel Gibson não decepcionou ao dar sua visão sobre as últimas horas de vida de Jesus. Violência, flagelação, sangue...
Gostei da reconstituição e, sinceramente, não vi motivo para tanta polêmica. É a mesma história que já foi contada uma porrada de vezes... Só que 100 vezes mais violenta.
Depois de ter passado mal na segunda, estou na minha “semana da desintoxicação”: o típico exemplo de tentar consertar a merda depois dela feita.
Desde segunda não fumo, não tomo refrigerante, só como comida saudável (geralmente uma variação de salada, frango e sanduíche de queijo branco), estou indo dormir cedo e por aí vai... Isso depois do espertão aqui encher a cara e fumar dois maços de cigarros numa noite, após um final de semana comendo besteira.
Hoje acordei e fui para a musculação. Na volta para casa fazia um sol absurdo e, por alguns momentos, pensei em largar tudo e ir para a praia. Eu nem perderia muito tempo... Uma hora ou duas, só deitado na areia...
Óbvio que foi um pensamento fugaz e continuei meu caminho, tentando achar algo pra me consolar da praia perdida.
Já na rua de casa, olhei para as árvores que estão ali plantadas. E, por mais piegas que pareça, tive um vislumbre de algo bacana. As folhas das árvores caiam devagar, sob o céu azul. Eu acho que eu nunca tinha reparado aquilo na minha rua, sempre tão cheia de lixo, mendigos e camelôs.
Fiquei olhando aquilo por alguns instantes, maravilhado, até que um cisco entrou no meu olho.
Já preparado para perder a tarde toda, me armei de discman, alguns cds, algumas revistas e um livro. É claro, eu sempre exagero. Nunca se sabe quando se pode ficar preso horas num engarrafamento. No entanto, o livro se mostrou desnecessário, já que o tempo de viagem foi o suficiente apenas para dar conta das revistas.
Dentre as que eu li, achei bacana a edição especial do Arqueiro Verde que está vendendo nas bancas atualmente. Uma história simples, onde Oliver Queen conta com a ajuda de seu antigo parceiro Ricardito (hoje Arsenal) para recuperar alguns de seus bens que se perderam no período em que estava morto. (se você não conhece a história, eu nem vou tentar explicar essa coisa de “período em que estava morto”)
A história traz à tona uma parte do passado do Arqueiro e revela alguns fatos interessantes. Despretensiosa e bacana.
Enquanto lia, escutava um dos cds da caixa Unearthed do Johnny Cash. Aliás, eu não consegui trocar o cd e permaneci escutando o man in black toda a viagem, ida e volta.
Escolhi o cd Redemption Songs, devidamente baixado no Soulseek, já que o preço da caixa importada é proibitivo. As covers de Redemption Song (cantada junto com Joe Strummer) e Father and Son (cantada junto com Fionna Apple) são de deixar boquiaberto. O mesmo vale para a interpretação de You Are My Sunshine.
Até que não foi de todo mal fazer essa audiência hoje.
Os abusos do show do Domingo culminaram num novo ataque da minha gastrite (aliás, foi bacana o show!).
Ontem sequer consegui trabalhar. Hoje não estou 100%, mas estou melhorando.
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No Sábado eu consegui ver LIGADO EM VOCÊ dos irmãos Farrely.
Confesso que depois do Amor é Cego, tinha minhas dúvidas quanto à competência da dupla em voltar a pegar pesado em seus filmes.
Pra minha alegria, faltou muito pouco para eles alcançarem o nível de baixarias de “Eu, eu mesmo e Irene” e “Quem vai ficar Mary”, o que já rendeu um filme bastante divertido.
O filme conta a história de irmãos siameses que vivem numa pacata cidade do interior. No entanto, um deles nutre o desejo de se tornar ator e acaba por arrastar seu irmão para a empreitada.
O filme conta com algumas participações especiais, dentre elas a Cher (que é sacaneada o filme inteiro) e, como parece que os Farrely voltaram aos bons tempos, de um retardado mental.
Se ainda estiver passando e você gostar de comédia ofensiva (mas com mensagem...), vale a pena.
Você aparece lá pra dançar ao som do nosso amigo Melvin como DJ e, de quebra, assiste a um show nosso!
Para maiores detalhes, clique no link da Sundae Tracks acima.
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Da série DIÁRIO DE UM CONSUMISTA
Estava em casa ontem, vendo meu primo e meu irmão jogarem algo incompreensível no computador.
Estava triste, pois um dos sinais de que você está ficando velho é passar a não entender mais de videogame... Fiquei procurando um dos cds do meu primo para colocar no som e achei um do Supergrass.
Fui acometido pela súbita vontade de escutar uma música em particular da banda. Perguntei: é esse que tem aquela música “save money for the children”?
Meu primo disse que não. Perguntei: você sabe qual o nome do cd que tem?
“Acho que é Life on other planets”, respondeu ele. O nome não me era estranho...
“Peraí... E qual o nome da música de verdade?”
“Acho que é grace”, meu primo respondeu.
“Opa, acho que eu tenho este cd!”
Fui imediatamente vasculhar meu quarto e achei o cd em questão, ainda lacrado, aguardando, entre tantos outros, para ser escutado.
É o seguinte: a prefeitura de Volta Redonda está realizando um festival com algumas “bandas consagradas” e “bandas locais”.
Eles fizeram um site para que as pessoas votassem nas “bandas consagradas” ali indicadas e escolhessem qual “banda local” gostariam de ver no festival.
Se vocês estiverem a fim de dar uma força, entrem neste link AQUI e votem na banda THE INVISIBLES como banda local.
Se você não mora em Volta Redonda, não tem problema. Pode votar assim mesmo.
Obrigado.
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É muito chato você perceber que você já foi melhor do que é hoje...
Ontem, estava andando pela passagem subterrânea que leva ao Shopping Rio Sul. Na verdade, estava quase correndo, pois estava atrasado para um encontro no Outback.
Ao descer as escadas, reparei num senhor de óculos escuros virado para a parede. Nos dois segundos que eu olhei, ele tateava a parede com a bengala, completamente sem direção.
Eu poderia ter perdido 10 segundos da minha vida perguntando para o cego aonde ele queria ir e tê-lo ajudado.
Preferi seguir direto.
5 passos depois, me arrependi. Não custava nada ajudar o senhor e não ia me atrasar mais do que eu já estava. Só que antes de eu me virar, já escutava alguém perguntando ao cego aonde ele queria ir.
Naquele momento, aquilo me incomodou profundamente. Eu só conseguia pensar: “Caralho, o que custava você ter ajudado o cego?!?”
Fui andando até o Outback pensando nisso, triste comigo mesmo.
Mas sabem o que é pior? Em 5 minutos eu já havia me esquecido do cego.
Este blog, há muito tempo, comentou sobre o filme HEDWIG AND THE ANGRY INCH.
Vocês conhecem, certo? O filme conta a história de um transexual, vítima de uma operação de mudança de sexo mal sucedida e sua escalada pelo mundo do rock.
Talvez vocês se lembrem que eu tenha dito que a trilha sonora era excepcional. [pra falar a verdade, nem eu me lembro de ter dito isso nessas palavras, mas ninguém vai fuçar os arquivos pra descobrir mesmo...]
Pois é... Saiu um disco tributo ao Hedwig, com um monte de bandas bacanas:
WIG IN A BOX
Dentre os artistas que participam, temos Frank Black, They Might Be Giants, Breeders, Bob Mould, Ben Kweller, Cyndi Lauper...
Até agora só escutei uma vez, mas Frank Black cantando Sugar Daddy é o que há!
Apesar de ter quase uns 50 cds novos que eu ainda não escutei, hoje eu resolvi desenterrar um clássico pra ouvir a caminho do trabalho:
HELMET - Meantime
Infelizmente a banda hoje é extinta, mas deixou esse excelente cd para trás.
Quando surgiu, o Helmet chegou a ganhar bastante atenção da crítica especializada. Trazia um som pesado, cheio de bom riffs, no estilo “começa e para” (quem conhece a banda entende o que eu quis dizer). Um vocal seguro e de macho, que podia cantar tranquilo ou desesperado. Mais o que mais chamava atenção era o fato de que, apesar de se tratar de uma banda de metal, seus integrantes não tinham cabelo comprido e se vestiam da forma mais normal possível.
Inclusive, a banda chegou a ganhar uma capa da extinta Bizz junto com o Ministry, que também era um exponencial do metal à época.
Se você não conhece, escute as músicas “In the meantime” e “Unsung”.
Aliás, falando em Unsung, saiu uma coletânea da banda com este nome, reunindo mais de 20 músicas, incluindo “Just Another Victim” feita com o House of Pain para a trilha sonora de Judgement Night.
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Escutando o Helmet, comecei a lembrar sobre os cds de metal que eu mais escutava nos anos 90. A maioria deles eu já comentei aqui, como o Vulgar Display of Power do Pantera, Psalm 69 do Ministry e Body Count.
Em mais uma tentativa de promover um post interativo entre meus leitores, deixo a pergunta para ser respondida nos comentários:
QUAL SEU DISCO DE METAL PREFERIDO?
Podem mencionar mais de um se for o caso.
E não me venham dizer que não gostam de metal. Todo mundo já escutou pelo menos um pouco em alguma fase da vida. Nem que seja Bon Jovi ou Scorpions...
Neste fim de semana, acabei de ler O SOBREVIVENTE de Chuck Palahniuk
Mais um livro do escritor de Clube da Luta publicado no Brasil!
Dessa vez, Palahniuk conta a história de Tender Branson, um adepto do culto da Igreja do Credo, que trata-se de um grupo de fanáticos religiosos que vive isolado da sociedade e segue fielmente os preceitos de sua religião. Dentre esses preceitos está o de doutrinar todos os filhos que não sejam primogênitos em tarefas específicas e mandá-los para “o mundo”, já com uma profissão (medíocre, diga-se de passagem).
O problema é que praticamente todo o culto se suicidou, com a determinação de que os seguidores que estivessem no mundo se suicidassem também. Tender é um dos poucos que não atendeu a esta determinação.
Mas isso é só o ponto inicial e o livro envolve muito mais que isso. Um exemplo: no primeiro capítulo (que, na verdade, é o capítulo 47) já descobrimos que Tender sequestrou um avião, onde ele passa a relatar toda sua história à caixa preta. E sua história é bastante bizarra.
Palahniuk continua doente e proporciona boas surpresas, razão pela qual não vou contar mais do livro.
