Depois de um dia cansativo e estressante, descubro que havia dado uma merda fenomenal aqui no escritório. O pior de tudo: culpa minha.
Não foi daquelas que você só abaixa a cabeça e pensa que aquilo não devia ter acontecido. Foi daquelas em que você põe as duas mãos na cabeça e exclama “fudeu” em alto e bom som. Daquelas que comprometem seu emprego.
Quando era 18:45hs eu pus a mão na cabeça e exclamei “fudeu”.
Vesti o paletó do meu terno e corri para o lugar em que eu teria uma chance de resolver o problema. Posso dizer que a visão de um cara de terno correndo pelo meio da cidade é, no mínimo, patética.
Cheguei no lugar. Fechado. Com cadeado.
Voltei, ensopado de suor, ao escritório. A palavra “burro” martelava na minha cabeça. Incessantemente. Comecei a formular mentalmente milhões de maneiras de contornar o erro. Em todas eu poderia me dar bem. Em todas eu poderia me dar mal.
Não tinha jeito. Eu só poderia tentar resolver o problema na manhã seguinte.
Já tinha combinado de sair com um amigo na noite de ontem. Iríamos comer pizza e jogar conversa fora. Como eu não conseguiria ficar em casa, resolvi manter o encontro. Fomos a um rodízio e eu simplesmente não consegui acabar o meu primeiro pedaço de pizza. A fome tinha ido embora por completo. Fiquei tomando uma cerveja e fumando meio maço de Marlboro.
A conversa serviu para desanuviar minha mente por alguns momentos. E agradeço ao Fábio por isso. E agradeço ao rodízio por não ter me cobrado pela pizza.
Voltei pra casa, demorei pra dormir e acordei 6:00hs da manhã. Eu tinha que acordar 8:30hs. Não consegui dormir mais.
Deu a hora, fui ao lugar onde tudo deveria se resolver e, de fato, consegui solucionar o problema. Graças a Deus.
Mais isso serviu pra confirmar algo que eu já sei: Eu odeio essa merda. Direito me faz mal.
Nas últimas semanas venho escutando alguns cds bacanas. Fica a dica pra quem quiser correr atrás no soulseek:
- KINGS OF LEON: Mais uma vez o hype não me enganou. Já tinha visto o clip deles na MTV e achado bem normal. Encontrei o cd sendo vendido por um preço bastante atrativo e resolvi ver qual é a da banda. Acabei sendo surpreendido por uma boa banda de rock, com excelentes músicas e um jeito meio caipira. Alguma coisa de country, muita coisa de rock de garagem. A música do clip (que hoje eu já considero boa) não faz justiça ao cd como um todo, que é muito bom.
- SNUFF (Numb Nuts): O Snuff é uma banda inglesa de punk/hardcore que, por incrível que pareça, consegue soar diferente de seus pares. Esse disco é de 2000 e, apesar de não ser dos melhores da banda, é muito bom. Se você não conhece a banda, recomendo o cd Demmamussabebonk (um clássico) ou o Flibbiddydibbiddydob (um ep com excelentes covers de bandas como The Who, Specials e Simon and Garfunkel).
- MACY GRAY (the Trouble With Being Myself): Nem vou tentar explicar... Vi o clip de She ain’t right for you e, surpreendentemente, acabei gostando da música e da voz de Marge Simpson da Macy Gray. Acabei comprando o cd e achei muito bom. Pop de qualidade!
- THE WILDHEARTS (P.H.U.Q.): Rock!!! Uma gravação de encher os olhos (ou ouvidos), músicas que ficam na sua cabeça (experimente ouvir I Wanna Go Where the People Go ou V-Day) e beirando o hard rock. Se você gosta de bandas como Backyard Babies, não deixe de escutar.
Continuando minha política de honestidade, vou dizer a vocês que não tenho nada a dizer a vocês.
Apesar do feriado na Terça aqui no Rio, que me permitiu um breve descanso, o resto da semana foi desesperador. Pra culminar, hoje tive uma audiência no Méier que me tomou umas 5 horas do dia. Cheguei ao escritório 15:30 e fui direto trabalhar num recurso que já está com 15 folhas.
Já cansado do direito, resolvi perder alguns minutos com estas linhas. É mais ou menos como ter um amigo invisível. Ao invés de relaxar, conversando com um B.A. imaginário, eu escrevo pra vocês.
E por saber de antemão que meu dia já seria puxado e eu teria poucas alegrias, tive uma longa conversa com o motorista de táxi que me trouxe do Méier. Na maioria das vezes essas conversas são divertidas.
Impressionante como uma grande parcela de motoristas de táxi já foram profissionais bem sucedidos que, em algum momento de sua vida, se deram mal.
O motorista de hoje já foi gerente do departamento de transporte da Globo (ou algo assim) e em meados dos anos 90 tirava 3 mil reais por mês. Largou tudo para abrir uma casa de shows. Nos dois primeiros shows, a casa foi um sucesso, com mais de 6 mil pagantes por dia.
Até o belo dia em que ele fez um show do Belo (trocadilho involuntário). Saiu um tiroteio na casa e, além do pânico de todos quererem sair ao mesmo tempo, uma garota foi atingida.
Resultado: hoje ele dirige um táxi, tira R$ 140,00 por dia e desse dinheiro tem que pagar R$ 110,00 pelo aluguel do carro.
Nos 3 últimos filmes que vi no cinema, fui obrigado a sentar nas primeiras filas... Eu sempre chego cedo às sessões, mas nas últimas vezes acabei atrasando.
Sinceramente, não sei porque existem as primeiras 5 fileiras de cadeiras num cinema. Você fica com torcicolo, dor de cabeça e tem que ser muito hábil para ler as legendas e acompanhar o resto do filme, pois o seu campo de visão não dá conta da tela inteira. Aliás, se você sentar tão perto, é obrigado a escolher 2/3 da tela de cinema pra acompanhar, já que o resto está irremediavelmente perdido.
Isso sem contar o efeito 3D involuntário, quando o filme tem movimentos rápidos de câmera ou efeitos especiais.
*****************
Vi O ÚLTIMO SAMURAI.
Bem, se vocês viram o trailer já sabem a história, uma vez que o trailer conta TODO o filme.
Tirando o fato de já saber tudo o que ia aconter, eu gostei muito do filme. Super produção com o Tom Cruise não tem erro. As cenas de batalha são espetaculares e o elenco afiado, principalmente os samurais que mantém Cruise como “prisioneiro”.
Hollywood fazendo por merecer seus milhões de dólares.
****************
Aproveitando o feriado de ontem no Rio de Janeiro, fui ver também DOGVILLE do Lars Von Trier.
Depois do Dançando no Escuro, eu já estava preparado para qualquer coisa. O diretor não perdoou. Um filme de 3 horas, sem cenário, todo em cima das atuações dos atores. E eu achei espetacular!
Nicole Kidman está bem no papel (e sempre bonita) e finalmente estão começando a dar destaque a Paul Bettany. Pra quem não lembra, Paul Bettany é o amigo do personagem principal de Coração de Cavaleiro e Uma Mente Brilhante (sim, ele faz o papel de amigo nos dois filmes). Mas todo o elenco é muito bom, principalmente James Caan.
A história: fugitiva da polícia e de gangsters é acolhida numa pequena vila. Pra ser aceita, ela começa a realizar pequenos serviços aos moradores e sua vida se torna feliz (por um pequeno período).
O pior é não poder comentar com vocês a reação em massa da platéia no cinema quando o filme chega ao seu final. Foi impressionante.
Sobre 21 GRAMAS, eu nem vou escrever muito. Fui ver o filme sem ter a mínima idéia sobre do que tratava e gostei muito! Todo o elenco é muito bom e Sean Penn vem se firmando como o Robert De Niro rejuvenescido.
Já que eu vi sem saber nada, não vou privar vocês desse prazer (não que vocês já não tenham lido sobre ele em outro lugar...). Vão conferir!
Já com PETER PAN, eu saí impressionado do cinema.
Sempre gostei da história do menino que se recusa a crescer e aprecio, também, a adaptação da Disney. Então fui ao cinema já sabendo que eu ia gostar do filme. No entanto, ele superou todas as minhas expectativas.
A produção é espetacular e o elenco foi muito bem escolhido, principalmente o Capitão Gancho (reparem que o mesmo ator faz o papel do pai da Wendy).
Não há uma divisão clara entre bem e mal e a maioria dos personagens são ambíguos neste tocante.
E talvez eu tenha a mente um pouco suja, mas notei uma forte tensão sexual entre Peter Pan, Wendy, Capitão Gancho e Sininho.
Acho difícil também que as crianças que vejam o filme (que pouca coisa tem de infantil) possam entender todas as nuances da história.
*****************
DOUTOR DESTINO – HERÓI OU VILÃO
Qualquer um que acompanhe quadrinhos há algum tempo, sabe que seguir a continuidade não é exatamente o forte das grandes editoras, principalmente a Marvel e a DC. Nos dias de hoje então, a morte de alguns personagens são simplesmente ignoradas com a sua reaparição, para, em seguida, morrerem de novo!
Com a mudança de editores, mudam-se as características de personagens sem qualquer explicação ao leitor fiel. Inclusive, já citei em algum lugar do passado o que aconteceu com o Thanos. Um caso em que os argumentistas simplesmente ignoraram as sagas passadas do personagem e o tornaram mal pra carai de novo. Precisou o Jim Starlin retomar as rédeas das histórias e corrigir as cagadas dos antigos escritores.
No entanto, eu gostaria que a Marvel se definisse quanto à índole de um de seus principais “vilões”: Dr. Destino.
Muito resumidamente: Victor Von Doom perdeu seus pais logo cedo e, para se vingar, decidiu se tornar um mestre tanto na ciência quanto nas artes místicas. Um acidente desfigurou seu rosto e, ajudado por uns monges, ele criou uma armadura e assumiu o manto de Dr. Destino. De volta à sua terra natal, Latvéria, ele conquistou o trono do país.
O problema é o seguinte: em diversas fases da Marvel, e principalmente na atual, Von Doom é visto como um déspota, exercendo um governo tirânico sobre a Latvéria. O seu povo é mantido sob o medo e a violência. Em uma recente revista, chegou-se ao limite de se colocar guardas do Destino intimidando o povo para exaltá-lo.
Só que nem sempre foi assim.
Doutor Destino já foi visto como um governante competente e atencioso com o seu povo. O povo da Latvéria exaltava seu rei, não porque o temia, mas sim pelo fato dele prover muito bem seu país e, dentro de suas fronteiras, ser um governante justo, apesar de severo. Ou seja: a Latvéria era uma verdadeira utopia, apesar de criada com mão de ferro. Ninguém passava fome e não havia criminalidade. Se um herói aparecesse por lá tentando restituir a democracia à Latvéria, provavelmente seria rechaçado pela própria população.
É claro que, de vez em quando, Von Doom tentava expandir seus domínios, com a dominação global... Mas isso não mudava o fato dele ser um rei querido pelo seu povo e nem apagava os benefícios que ele trouxe à Latvéria.
Não lembro quem escrevia o personagem nesta época, mas é uma visão muito mais interessante que a adotada agora.
Pô, rapaz! Que bom que você veio! Tira essas coisas da cadeira e senta aí mesmo.
Tirando o que aconteceu, tá tudo tranquilo... Os médicos até falaram que eu vou poder voltar a andar daqui alguns meses! Mas valeu a pena.
Não, não o acidente em si valeu a pena! Mas algumas coisas que eu descobri com ele... Não sei se você já passou por isso, mas sabe aqueles momentos em que você tem uma revelação? Descobre algo que sempre quis descobrir, mas nem sabia que queria? Eu sei que tem um nome pra isso... Algo como epifania ou parecido. Não consigo me lembrar... Minha cabeça ainda não está muito boa.
Não... Tudo bem... Eu te conto.
Tinha acabado de sair da casa da minha namorada. Ou melhor: ex-namorada. Sabe como é... Mais uma desilução amorosa. Brigamos feio e eu saí puto de lá.
Porquê a gente brigou? Sei lá, não me lembro. Mas peguei meu carro e saí dirigindo por aí. Liguei o cd player e começou a tocar um cd do U2 que já estava lá. Deixei rolando e acelerei. Pô, você me conhece há tempos. Sabe que eu gosto de correr... Pois é, comecei a correr.
Enquanto eu acelerava, Bono cantava que precisava do meu amor tanto quanto ele precisa de nicotina. E repetia, sem parar, que precisava do meu amor. Pensei: “Taí um cara que entende de amor...”
Com isso na cabeça, só tive tempo de jogar o carro pro lado na hora em que o ônibus me fechou. O carro saiu da estrada e foi direto pra uma árvore. Antes de bater, diante da morte que se aproximava, só tive tempo de gritar: “SIM BONO! EU TAMBÉM PRECISO DO SEU AMOR!!!”
Então eu acordei aqui. Com esse tubo na minha veia e com minha mãe chorando do meu lado.
A vaca da minha ex-namorada esteve aqui logo cedo... Estava toda arrependida, também chorava e pedia desculpas. Antes mesmo de pensar sobre o que eu estava falando, mandei ela pastar.
Sei lá... Tenho a impressão de que minha vida vai ser bem mais interessante a partir de agora.
Para os órfãos de EVANGELION, há uma boa opção de mangá nas bancas:
ÉDEN
A revista não chega ao mesmo nível de Evangelion, mas possui robozões, crianças no campo de batalha e algumas questões filosóficas.
A Terra foi assolada por um vírus que matou boa parte da humanidade, restando alguns sobreviventes. A série, até o momento, está focada num grupo de mercenários comandados por uma mulher que teve sua mente transferida para um corpo artificial de uma adolescente. Esse grupo agregou em suas fileiras o jovem Elia, filho do maior traficante de drogas da região, e que anda acompanhado por Querubim, um... robozão!
Até agora estou gostando bastante da revista, mas recomendo que quem deseja começar a lê-la, corra atrás de todas as edições. A narrativa não é das mais simples e eu fui obrigado a reler desde o começo para entender melhor a edição atual (ou então, eu é que sou burro mesmo...).
*********************
Hoje eu comprei a caixa de DVDs da FAMÍLIA SOPRANO!
Agora só falta comprar todas as temporadas de Arquivo X para ser uma pessoa verdadeiramente feliz!
Acabei de ler este fim de semana NO RASTRO DE CHET BAKER de Bill Moody.
Livro bacana de detetive. O investigador na história é Evan Horne. Na verdade, ele é pianista de jazz e resolve casos nas horas vagas.
Aqui, Evan Horne investiga o desaparecimento de um amigo em Amsterdã. No entanto, esse amigo estava escrevendo um livro sobre Chet Baker, o que o leva a percorrer uma parte da história do trompetista.
A diferencial desse livro são justamente as inúmeras citações sobre jazz e, principalmente, sobre Chet Baker (apesar de não se aprofundar muito nas causas de sua morte).
Aliás, a morte de Chet Baker é motivo de indagações até hoje. O cara tomava mais drogas que todos os Rolling Stones juntos (principalmente heroína) e tinha uma vida bastante desregrada. Sua morte é oficialmente dada como suicídio, após ter caído da janela de um hotel.
Hoje perdi um tempo preenchendo alguns dos cupons da promoção dos DVDs da Fox. Os prêmios são bacanas, indo de câmaras digitais a um Peugeot 206 e um curso de inglês em San Diego.
Mas, sinceramente, não sei porque eu me dei ao trabalho. Eu NUNCA ganhei NADA em sorteios e promoções!
O curioso é que o ritual é sempre o mesmo. Eu preencho diversos formulários com uma porrada de informações e, surpreendentemente, ainda tenho esperança de ganhar. Outro exemplo: E quando esses cartões de crédito lançaram promoções de final de ano? Se você comprasse um valor X concorria a viagem pra disneylandia ou então uma casa própria. Todas minhas compras eram de um valor X menos R$ 2,00. Aí eu sempre comprava uma porcaria para inteirar o valor da promoção. É óbvio que não ganhei nada...
No final da outra semana eu conto pra vocês se ganhei o carro.
******************
Aliás, seria injustiça dizer que eu nunca ganhei nada em sorteio ou promoções.
Uma vez, ganhei um cd sorteado num site. Mas esse não conta, pois no mês seguinte eu ganhei de um conhecido o mesmo cd num show...
E, é claro, uma das lembranças mais vívidas da minha infância: era uma festa de fim de ano de uma firma de Barra Mansa. Acontecia num sítio com diversas barraquinhas montadas. Uma dessas barracas distribuía refrigerantes para quem estava na festa.
Depois de um tempo, fui lá e pedi um guaraná “caçulinha”. Não sei se vocês se lembram, mas, até hoje, eu tenho a nítida impressão que o guaraná da garrafa “caçulinha” era muito melhor que o guaraná normal.
Abri a garrafa e... surpresa! A tampinha indicava que eu era o feliz ganhador de uma bola! O primeiro prêmio de minha vida! Na mesma hora eu retirei a bola e fiquei todo contente, mesmo nunca tendo demonstrado a menor afinidade para qualquer esporte. Era menos o objeto do que o acontecimento em si que me alegrava.
Já adolescente, e após não ter ganhado mais nenhum prêmio depois da bola, eu guardava aquele momento com carinho na minha memória. Até um dia eu comentar o evento com meu pai:
- Pai, você lembra aquela festa grande que a gente foi quando eu era criança? Aquela em que eu ganhei uma bola numa tampinha de refrigerante?
Calmamente ele responde:
- Lembro. Eu dei um dinheiro pro cara da barraca pra ele te dar um refrigerante premiado.
Meu mundo ruiu:
- Mas como assim?!?!?!
- Eu fiquei sabendo que o cara tinha umas garrafas de refrigente premiadas separadas e dei um dinheiro pra ele te entregar uma delas quando você fosse lá.
Assim eu descobri que realmente eu não tinha sorte em sorteios. Mas descobri que eu tenho um pai muito legal.
Aproveitei o recesso pra começar a ver os DVDs com os desenhos do Batman que eu comprei.
Comecei com o que parecia ser o mais leve de todos: World’s Finest. O encontro entre Batman e Superman
E de fato o desenho é bem mais leve que os tradicionais da série do Batman. Vários momentos de comédia, principalmente com o embate entre a Arlequina e a secretária de Luthor (não me lembro se era a Mercy ou a Hope). Foi legal ter sido mantido o clima de animosidade entre os dois protagonistas, em nada lembrando os antigos desenhos dos Superamigos.
Mas o bacana é o romance que surge entre Bruce Wayne e Lois Lane, que rende bons momentos no desenho. O ponto fraco fica com Lois descobrindo, em menos de uma semana, que Wayne é Batman, apesar de se encontrar todo dia com Clark Kent e não se tocar que ele é o Superman.
Depois assisti Batman do Futuro – O Retorno do Coringa
Taí uma série que, a princípio, fiquei receoso. Mas, felizmente, os desenhos do futuro Batman são bons, chegando perto do nível da série anterior.
Pela capa do DVD, eu achei que o desenho fosse uma versão de uma antiga revista do Batman que contava com computação gráfica e o Coringa havia virado um tipo de vírus de computador. Ledo engano! Quem aparece para atormentar o jovem Batman e seu mentor Bruce Wayne (já velho e de bengala, mas com a mesma determinação) é o próprio Coringa, sem ter envelhecido uma ruga sequer. O desenho conta também o que aconteceu com o Robin.
Bem mais sério e sombrio, esse é uma boa pedida. (Dicão: no site da Lojas Americanas está por R$ 19,90)
******************
E já que o assunto é quadrinhos e ontem eu mencionei a Image Comics, gostaria de registrar aqui minha opinião sobre algo que é quase unanimidade entre fãs de quadrinhos:
Falar mal de Rob Liefeld, o criador de Youngblood.
Motivos pra falar mal dele realmente não faltam: o seu estilo de desenhar deixa de lado os princípios mais básicos de anatomia. Por exemplo: ele desenha abdomens com 16 gomos e sorrisos com mais de 40 dentes. Quanto a escrever, de fato ele tem seus autos e baixos. Bloodwulf era uma cópia descarada ao extremo do Lobo. O próprio Youngbloog era uma cópia dos Vingadores.
O fato é que, mesmo assim, EU GOSTO DO ROB LIEFELD.
Acho engraçado que os mesmos críticos do autor o elogiavam quando ele fez a série do Rapina e Columba pela DC ou então os Novos Mutantes pela Marvel. O estilo dele não mudou nada de uma época para outra. Porque não falavam mal dele antigamente?
Sou um colecionador de quadrinhos do tipo fanático.
Se eu não tenho uma edição na minha coleção, isso me incomoda profundamente (falando nisso, se alguém tiver a edição de Grandes Heróis Marvel da editora Abril com uma história do Thor e do Conan, aceito doações). Ou seja, estou destinado a viver em eterna angústia, pois tenho que comprar tudo que irá sair nas bancas e, além disso, sei que nunca conseguirei algumas edições “muito” antigas (sim, pois as “só” antigas eu tenho todas).
Raramente ignoro um título nas bancas e mais raramente paro uma coleção no meio, deixando a série incompleta. Para eu deixar de colecionar, a revista tem que ser muito ruim. Isso aconteceu há alguns meses atrás com
SPAWN
Impressionante como Todd McFarlante, um artista que eu admiro (ou admirava...), desceu a um nível tão baixo.
O nascimento da editora IMAGE, fundada por alguns dos melhores escritores e desenhistas da Marvel, coincidiu com tempos áureos da minha vida, quando eu podia comprar, por correio, revistas diretamente de uma loja nos Estados Unidos.
Assim, acompanhei, antes mesmo de serem lançadas no Brasil, a maioria dos personagens da Image. Dentre os meus preferidos, estavam os WildC.A.T.s e o SPAWN.
O conceito do SPAWN, apesar de não ser um exemplo de originalidade (Motoqueiro Fantasma + Batman), era interessante e poderia render bons frutos. Um mercenário faz um pacto com o diabo para voltar à vida, levado, principalmente, pelo amor à sua mulher. Não preciso dizer que o diabo sacaneia o Al (nome civil do Spawn) e o faz voltar anos após sua morte, todo deformado e com estranhos poderes (que no futuro seriam postos a serviço do inferno). Além disso sua mulher se casou com seu melhor amigo.
De fato, no começo Spawn rendeu boas histórias. O arco do psicopata do sorvete foi muito bom e até mesmo quando revelaram a identidade do assassino de Al (história que foi toda alterada, já que o assassino era Chapel, um personagem de Rob Liefeld que foi chutado da Image). Além disso, alguns dos melhores autores já trabalharam com Spawn, como Neil Gaiman (o que, hoje, rende uma briga homérica entre Gaiman e McFarlane), Frank Miller e Dave Sim (deste autor é uma das melhores histórias que já li, com uma metáfora sobre o mercado de quadrinhos da época. Infelizmente essa história não foi publicada no Brasil).
Com o passar do tempo, McFarlane abandonou o pincel e passou só a escrever a revista. Até aí, tudo bem, já que seus substitutos, com o tempo, clonavam seu estilo. O problema foi que, depois, o nível das histórias começou a cair também. O personagem passou por várias alterações que acabaram o descaracterizando, boas idéias iniciais foram suprimidas ou esquecidas. A última vez que eu li, o personagem alimentava seu poder com criaturas “da noite”, como minhocas, ratos, morcegos, e por aí vai.
Parecia que o poço de onde McFarlane tirava suas idéias secou. Ele se limitava em empurrar o personagem com a barriga, inventando histórias vazias e desinteressantes, com inimigos idem.
Hoje, acreditem se quiser, acordei com a maior disposição do mundo para o meu primeiro dia útil do ano.
Não que os dias passados não tenham sido úteis, mas foram de forma diferente. Pela primeira vez em anos consegui dormir 14 horas seguidas. Poderia me lamentar pelo tempo perdido com as horas de sono, mas a verdade é que eu precisava disso.
***************
No fim de semana, fui ver DO JEITO QUE ELA É e ADEUS, LÊNIN.
A história: filho quer agradar a mãe que está nos seus últimos dias.
Agora, vocês se perguntam: Mas essa é a história de que filme? Eu respondo: Dos dois!
O primeiro é um filme americano independente com pretensões de mainstream (ou o contrário...) que conta com a menina chata mas bonitinha do Dawson’s Creek. A coisa toda se resuma a um jantar de ação de graças que ela tem que preparar para a família. Gostei do filme, que ora pende para a comédia, ora para o drama. O final é bonito.
O segundo é um filme não-americano em que o filho tenta esconder da mãe (que havia ficado em coma por 8 meses), que caiu o regime socialista e as duas alemanhas se unificaram. Gostei do filme, que ora pende para a comédia, ora para o drama (ops...). Acabou me lembrando A Vida É Bela.
No Adeus, Lênin, tivemos que encarar uma fila enorme no domingo. No sábado, quando chegamos ao Estação, todos os ingressos já estavam esgotados. Acho que, recentemente, só um outro filme não-americano conseguiu tamanha comoção: As Invasões Bárbaras, cuja história é: filho quer agradar o pai que está nos seus últimos dias.
As pessoas que reclamaram que não estavam conseguindo baixar do jeito que eu indiquei anteriormente, podem tentar nesta site agora.
E as pessoas que conseguiram, podem baixar o MP3 de One Last Song About Summer de novo e nos ajudar a ter uma qualificação legal no ranking de downloads do soundclick, ok?