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quarta-feira, junho 28, 2006

 

MEU PROBLEMA COM OS MUTANTES


Quando eu comecei a ler quadrinhos de super-heróis, os tempos eram mais simples. Ainda não tinha sido lançado Cavaleiro das Trevas, nem Watchmen. A Crise nas Infinitas Terras ainda não tinha acontecido. As histórias eram bem diferentes, algumas vezes pra melhor, outras pra pior.

E a primeira história que eu li foi, justamente, dos X-Men, começando com o Wolverine destroçando alguns capangas do Clube do Inferno, na fase áurea de Byrne/Claremont.

Desde então, muita coisa mudou no universo mutante. Em poucos anos, foi criada uma superpopulação mutante, com os mais diversos poderes, variando desde um simples dedo opositor extra até a capacidade de se transformar em qualquer gás.

Sem adentrar nos meandros da genética e permanecendo simplesmente no que a mutação nos quadrinhos representa, há uma questão que me incomoda há algum tempo.

A mutação é um fenômeno biológico, certo? Assim, os poderes mutantes devem se limitar apenas ao organismo do mutante em questão.

O problema é: como chamar de mutante, um personagem cuja mutação afeta o exterior, não possuindo o seu poder qualquer relação com o seu organismo?

Explico melhor: Tomemos a Ororo (Tempestade) como exemplo. O seu poder é essencialmente afetar o clima à sua volta. Ela é capaz de gerar ventos, chuva, trovões, nevasca, névoa e por aí vai... Ora, nenhum dos poderes da Tempestade envolve alguma reação orgânica ou biológica (A não ser que ela seja uma telecinética capaz de manipular o ambiente a nível molecular, o que jamais foi cogitado). Portanto, muito mais que uma mutante, Tempestade tem poderes semelhantes ao de um Deus como Thor.

Outro exemplo concreto: Magneto. Erik já se mostrou tão poderoso, a ponto de modificar o magnetismo de toda a Terra. De novo, sem qualquer ligação com suas funções biológicas. Mais uma vez, um personagem semelhante a um semi-deus.

Poderes como o do Wolverine são claros: além da mutação que lhe concedeu garras, seus poderes nada mais são que uma evolução de funções básicas do organismo humano.

Outros poderes mais incríveis, também podem ser tratados como fenômenos mutantes, pois, por exemplo, as rajadas concussivas do Ciclope provém de seu próprio organismo. Como ele as produz, não importa. O importante é que foi gerado de seu organismo. O mesmo se dá com Colossus, transformando seu corpo em aço orgânico.

Para terminar: como explicar um mutante capaz de transformar seu corpo em gás? Ao ser transformado em gás, ele simplesmente se espalharia pela atmosfera, uma vez que não existiria mais corpo mutante para controlar a mutação. Poder se transformar em gás e voltar ao estado normal não é uma mutação, mas sim um superpoder (o que é bem mais explorado pela DC do que pela Marvel).


posted by Rubem at 9:55 AM Comments:

 

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